Pandemia

Covid-19: Boletim mostra DF com maiores taxas de casos e mortalidade

Boletim da Fiocruz analisou período entre 23 de agosto a 5 de setembro e concluiu que DF está entre as regiões do país com maior incidência de casos e mortalidade, proporcionalmente

O Boletim Observatório Fiocruz Covid-19 mais recente aponta o DF como uma das unidades da Federação com maiores taxas de incidência de casos e de mortalidade do novo coronavírus. A pesquisa analisou os números a cada 100 mil habitantes das regiões, entre as semanas epidemiológicas 35 e 36, entre 23 de agosto a 5 de setembro.

“As maiores taxas de incidência na última semana foram observadas nos estados de Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal. Já as UFs que apresentaram as maiores taxas de mortalidade no período foram Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, colocando em estado de alerta toda a região Centro-Oeste”, informa o boletim.

O DF lidera o ranking das maiores taxas de mortalidade da covid-19 no período analisado, com taxa de óbitos de 1.1, seguido por Goiás e Mato Grosso, ambos com 0,8. Veja o gráfico abaixo:

Reprodução/Fiocruz - Gráfico mostra DF em posições preocupantes

No entanto, a capital está em “tendência de manutenção” de casos e óbitos. Ou seja, o DF aparece nas análises de incidências e mortalidade com uma pequena diminuição diária dos dados. O crescimento de casos confirmados a cada dia, por exemplo, ficou em -3,2%. Os pesquisadores classificam uma região com uma “tendência de redução” quando esse número chega a -5%.

Outro contexto analisado no boletim é a taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos. O DF tem 78% dos leitos ocupados, o que é considerado na análise uma ocupação média. Porém, o estado de Goiás aparece como uma dos duas unidades da federação em estado crítico. Há 81,9% das UTIs ocupadas no estado vizinho. No Rio de Janeiro, em condição semelhante, são 82%.

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que "acompanha o quadro pandêmico no DF, monitorando os casos existentes, acolhendo e prestando assistência aos que necessitam de cuidados hospitalares e todos os profissionais envolvidos no acompanhamento deste agravo". A pasta ressaltou ainda que dá continuidade ao que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que "a estimativa do ponto de vista epidemiológico, que os gráficos vêm demonstrando, é uma queda do número de casos prováveis da doença".