Fraude

Fábio Félix defende investigações na Saúde mesmo sem CPI

Parlamentar sugere que distritais apresentem requerimentos e façam diligências para apurar condução da Secretaria de Saúde durante a pandemia

Washington Luiz
postado em 05/10/2020 15:36 / atualizado em 05/10/2020 16:49
Em entrevista do CB. Poder, Fábio Felix criticou condução da Secretaria de Saúde  -  (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A.Press)
Em entrevista do CB. Poder, Fábio Felix criticou condução da Secretaria de Saúde - (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A.Press)

O deputado distrital Fábio Félix (PSol) defendeu, nesta segunda-feira (5/10), que o Legislativo local atue para investigar as denúncias na área de saúde mesmo sem a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Em entrevista ao CB. Poder – parceria do Correio com a TV Brasília - o distrital avaliou como “um absurdo” o que ocorreu na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para sepultar a CPI da Pandemia.


“O que nós vivemos na Câmara é um absurdo e o que estamos vivendo no GDF em termos de saúde é um absurdo. A gente vai continuar investigando mesmo sem Comissão Parlamentar de Inquérito, a gente vai continuar atuando, fazendo requerimentos de informação e diligências nesses órgãos públicos”, garantiu.

Questionado sobre a atuação do governo local durante a pandemia, Félix disse que o governador Ibaneis Rocha (MDB) deixou uma primeira impressão “positiva” ao ser um dos primeiros a decretar regras de distanciamento e isolamento social em março. No entanto, o deputado criticou as flexibilizações que foram feitas ao longo dos meses e classificou a condução da Secretaria de Saúde como criminosa. “Eu acho que a condução da Secretaria de Saúde foi uma condução criminosa na saúde pública durante a pandemia. Teve acertos, porque óbvio que tem técnicos sérios em diferentes áreas, nos hospitais, nos postos, mas teve muitos erros nessa gestão central, e a Falso Negativo mostrou isso”, frisou.

Félix ainda comentou sobre a aprovação, em primeiro turno, do projeto de lei que proíbe nudez e símbolos religiosos em exposições. Ele prometeu articular para evitar que a proposta seja aprovada em segundo turno e encaminhada para a sanção do governador. “A gente está em 2020 e eu não esperava ser eleito para estar no Poder Legislativo discutindo a proibição da nudez, ou a crítica às religiosidades. Estamos em uma democracia. O artigo 5° da Constituição Federal permite a crítica livre. Isso é um atentado à liberdade artística, à liberdade de imprensa, à liberdade cultural. Nós não podemos tolerar que esse projeto seja aprovado. Vai colocar o DF no protagonismo nacional de uma pauta atrasada”.


2022


Perguntado sobre qual o cenário da esquerda para 2022, Félix afirmou que “muita água vai rolar até lá” e disse acreditar que a esquerda tem capacidade de se unificar para construir um programa contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Não estou falando de candidatura única, não estou falando de as esquerdas abrirem mão de seus programas, mas estou falando da construção de uma agenda comum”, defendeu.

Confira a primeira parte da entrevista:

 

Confira a segunda parte da entrevista:


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