A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) anunciou, nesta sexta-feira (9/10), um plano para a desmobilização dos leitos exclusivos para o tratamento da covid-19. De acordo com a pasta, os leitos serão redirecionados para pacientes que precisam de internação, mas não estão contaminados pela doença. Não há um cronograma definido para as mudanças nos hospitais e UPAs.
Desde o início da pandemia na capital federal, o sistema de saúde contou com 769 leitos de UTI e UCIN, com ventilação mecânica. Conforme análise da secretaria, a queda no número de óbitos, assim como a taxa de letalidade do vírus foram informações importantes para a mudança. A desmobilização começou na última segunda-feira (5/10) e, atualmente, são 580 vagas disponíveis para o tratamento do novo coronavírus.
“Ao começo da transmissão da doença, trabalhamos com a disponibilização das unidades de saúde para atendimento, assim como com a criação de outros leitos de tratamento. Também realizamos a contratação de leitos de UTI da rede privada para atender à população, o que foi muito importante nos momentos mais críticos da pandemia”, contextualiza Osnei Okumoto, secretário de Saúde do DF.
Osnei destaca que as taxas analisadas mostraram a possibilidade da desmobilização dos leitos. “No momento, temos 60,71% de ocupação das vagas de covid-19. Em todo o mês de setembro, a taxa de transmissão ficou estável em 1,0. Sendo que, agora em outubro, chegamos a cair para 0,82 na taxa de transmissão. Outro ponto importante foi a média móvel de óbitos”, acrescenta.
O secretário-adjunto de Assistência à Saúde Petrus Sanchez explica que o plano de desmobilização partiu de um planejamento autêntico e específico, que não se observa em nível nacional. "Observamos os melhores indicadores para iniciarmos a mudança, porque precisamos pensar nos pacientes sem covid-19”, disse.
Critérios
O projeto de desmobilização baseou-se em três critérios, conforme material disponibilizado pela SES-DF: média móvel de óbitos nos últimos sete dias, observada, pelo menos, queda em dois períodos consecutivos de sete dias; taxa de transmissão, observado, pelo menos, valor menor que 1,00 para dois períodos consecutivos de sete dias; e taxa de Ocupação de Leitos mantida abaixo de 70%, por, pelo menos, um período de sete dias da última desmobilização, mas que não fique maior que 80% após feita a desmobilização.
O plano ficou dividido em 11 fases, que não tem datas prévias para serem colocadas em prática. Isso porque, segundo o secretário de saúde, “se observamos um aumento no número de casos, teremos a retaguarda de leitos para atender esses pacientes. Observamos que, por conta do clima, alguns países apresentam uma segunda onda da pandemia. Portanto, precisamos manter o isolamento social, o distanciamento mínimo, assim como as medidas de higiene e uso do álcool 70%. Assim, continuaremos reduzindo os casos de contaminações para que, no mais breve possível, possamos ter a vacina da doença em todo o país.”
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