“Ele era o meu super herói e este também foi o legado que deixou no mundo com a quantidade de gente que ajudou”, descreveu Karina Fernandes de Souza, 31 anos, filha única de Renato Souza agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que auxiliou no combate aos incêndios do Pantanal. O policial morreu na madrugada desta terça-feira (27/10) vítima de uma embolia pulmonar — doença em que uma ou mais artérias pulmonares ficam bloqueadas por um coágulo sanguíneo.
De acordo com Karina, na última vez que falou com o pai ele estava bem e alegre. “Conversamos hoje de manhã e ele estava disposto. Infelizmente, de tarde, começou a sentir falta de ar e em duas horas faleceu”, contou. O agente se recuperava de um acidente ocorrido enquanto pilotava um helicóptero da Força Nacional em Poconé (MT), em 8 de outubro para combater incêndios no Pantanal. Ele passou por cirurgia e chegou a receber alta médica na quarta-feira (21/10).
Segundo Karina, ele respondia bem ao tratamento. “A previsão para ele voltar a andar era próxima ao Natal, mas ele já estava conseguindo se locomover com um andador, o que deixou os médicos surpresos”, disse. Morando há um ano no Canadá e sem ver o pai durante esse período, a filha lamentou o falecimento do pai. “Está sendo doloroso, mas ele sempre me falava que se morresse, mergulhando ou pilotando, que era para eu não ficar triste, porque morreria feliz”, declarou.
A história de Renato na corporação é rica. Aprovado no concurso da PCDF em 1992, o carioca se mudou para Brasília e atuou em diversas ocorrências de destaque, chegando a assumir a chefia da Divisão de Operações Aéreas (DOA) da Polícia Civil. O comandante também atuou no resgate das vítimas da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, em 2019. “Sempre foi o sonho dele, desde criança ser policial e pilotar”, contou.
“Desde então ele já participou de muitas operações e ajudou muita gente. Chegou a ir para o Amapá para ajudar a conter tráfico na região, a trabalhar para segurança durante a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, e atuou no resgate das vítimas da tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, em 2019”, relembrou Karina.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.