Familiares, amigos, colegas de serviço e conhecidos se reúnem para uma nova cerimônia de despedida e homenagem ao comandante Renato de Oliveira Souza, de 55 anos, que faleceu na última terça-feira (27/10), no Rio de Janeiro, depois de uma missão no Pantanal. A missa de sétimo dia em homenagem ao integrante da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) será na segunda-feira de Finados (2/11), a partir das 19h, na Igreja de São Miguel Arcanjo e Santo Expedito, na EQN 303/304 da Asa Norte.
Em 8 de outubro, Renato Souza pilotava um helicóptero da Força Nacional em Poconé (MT), a 104km de Cuiabá, para a Operação Pantanal II, com o objetivo de combater os incêndios na região. Ao sobrevoar a área, ele e mais dois tripulantes sofreram um acidente, que resultou na queda da aeronave. O comandante teve uma fratura na lombar e precisou passar por uma cirurgia nas costas. Ele chegou a receber alta médica em 21 de outubro.
Ao ser liberado, Renato foi transportado para a casa de um familiar, no Rio de Janeiro, em uma aeronave do governo do Mato Grosso. Ele estava com quadro de saúde estável, contudo, apresentou falta de ar. O comandante da PCDF acabou falecendo na madrugada da terça-feira passada (27/10), vítima de embolia pulmonar.
Homenagem na PCDF
Na quinta-feira (29/10), o comandante Renato Souza recebeu uma grande homenagem no Complexo da Polícia Civil, no Parque da Cidade. Além de agentes da corporação, integraram a Polícia Militar e Federal, o Corpo de Bombeiros, Detran e a Força Nacional.
A homenagem ocorreu pela tarde, e um helicóptero foi disponibilizado para jogar pétalas de rosas durante o evento. No dia, o diretor-geral da corporação, Robson Cândido, relatou um pouco da trajetória de Renato dentro da instituição. “Para falar do Renato, passaríamos muito tempo aqui. O Renato foi professor e, muitos fomos alunos dele na corporação. Ele era um colega extremamente capacitado, de boa índole, bom amigo e piloto. Ele realizou o sonho de carreira, que era se tornar piloto da nossa instituição”, contou.
Por fim, o delegado Robson Cândido frisou o apoio da corporação à família do comandante. “Gostaria de dizer, especialmente à família do Renato,que estaremos aqui para dar apoio no que for necessário e preciso. Nunca poderemos dar o que o Renato dava à família, mas estamos aqui para acolher a família dele, como se fosse o próprio Renato. Renato, onde você estiver, nós vamos cuidar da sua família”, disse.
Trajetória impecável
Renato Souza era natural do Rio de Janeiro, mas mudou-se para a capital federal em 1992, quando passou em concurso da Polícia Civil do Distrito Federal. Com uma carreira impecável, atuou em diversas ocorrências de destaque e assumiu a chefia da Diretoria de Operações Especiais (DOE) da corporação.
O comandante também se destacou por auxiliar no mapeamento do Lago Paranoá, além de ter atuado em resgates nas águas. Segundo familiares de Renato, ele chegou a ser contaminado pela covid-19, contudo, tinha se recuperado a tempo de se disponibilizar para atuar na missão no Pantanal. Renato também participou do resgate das vítimas da Tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, que resultou em mais de 200 mortos.
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