COMÉRCIO

Empresários questionam fechamento da W3 aos domingos e feriados

Comerciantes e entidades do setor estão insatisfeitos com a medida que autoriza o fechamento da W3 (da altura da Quadra 502 até a 516 Sul). Alegam prejuízos, principalmente nesse período de pandemia

O fechamento da via W3 Sul aos domingos e feriados tem sido alvo de questionamento por parte dos moradores e comerciantes da região, que criticam a ideia e se mostram preocupados quanto à queda no varejo. Nesta quarta-feira (14/10), empresários e representantes de sindicatos ligados ao comércio se reunirão com o secretário de Empreendedorismo do Distrito Federal, Mauro Roberto da Mata, para tratar de questões ligadas à melhoria da W3, entre elas, o fechamento da via. 

Dados mais recentes do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) mostram que, desde o começo da pandemia causada pelo novo coronavírus, 540 lojas fecharam na Asa Sul, sendo que 156 estavam localizadas na W3. "O fluxo de pessoas no local já estava sacrificado e piorou ainda mais com esse fechamento no fim de semana e feriado. O DF é bem servido de parques. O Parque da Cidade é um dos maiores do Brasil, por exemplo. Então, não há necessidade de fechar a W3 para lazer, pelo contrário, precisamos trazer mais pessoas à avenida", frisou o vice-presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta. 

A decisão para a interdição foi assinada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) em 9 de junho. Na ocasião, o emebedista liberou a retomada do Eixão do Lazer e autorizou a abertura da W3 (da altura da Quadra 502 até a 516 Sul) aos domingos e feriados, entre 6h e 17h. 

Por meio de nota oficial, a Subsecretaria de Políticas Públicas, da Secretaria de Governo, informou que, "considerando que o comércio da W3 Sul não abre aos domingos, não há que se falar em prejuízos ao comércio local". Esclareceu, ainda, que "a pasta está trabalhando em uma grande política pública para a revitalização da avenida, que vai muito além de obras, ouvindo a comunidade e os empresários locais".

"Por enquanto, a avenida está aberta para a comunidade aos domingos e feriados, sendo mais uma opção de lazer e esportes, além do Eixão do Lazer, demonstrando a preocupação do GDF em proporcionar qualidade de vida, com segurança, em tempos de pandemia", frisou a secretaria.