Complexo Penitenciário

Teto 'podre' pode ter facilitado fuga dos 17 presidiários da Papuda

Ala na qual ocorreu a fuga fica em um dos complexos mais antigos do presídio e a estrutura do teto, composta de tijolo e cimento e, segundo fontes policiais, é fraca

A estrutura do teto da cela 4, da Ala C, Bloco 1, do Centro de Detenção Provisória (CDP), no Complexo Penitenciário da Papuda, pode ter facilitado a fuga dos 17 detentos, segundo informaram fontes policiais ao Correio. Os internos fugiram da unidade prisional por volta das 2h da madrugada desta quarta-feira (14/10).

A ala na qual ocorreu a fuga fica em um dos complexos mais antigos do presídio. O CDP foi fundado em 1973. A estrutura do teto é composta de tijolo e cimento e, segundo fontes, é fraca. A reportagem questionou a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seap) e aguarda retorno.

Até a última atualização desta reportagem, seis, dos 17 detentos que fugiram do complexo, foram recuperados. Neste momento, policiais penais que trabalham na unidade, equipes de pronto-emprego da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe), Polícia Militar do DF (PMDF) e Polícia Civil (PCDF) trabalham para recapturar os 11 internos.

Essa é a maior fuga registrada no presídio do Distrito Federal. Os presidiários que permanecem foragidos são: Wanderson da Silva Santos, Paulo Henrique Silva de Castro, Márcio Vinícius de Souza Andrade, Romildo Santos da Silva, Ismauro Gonçalves de Oliveira, Thiago Henrique Souza Silva, Lucas Caldeira da Silva, Antonio Marcos da Silva de Souza, Romildo Santos da Silva, Gabriel Nathan da Rocha Bessio e Pétryck Cardoso de Souza.

Por meio de nota oficial, o secretário da Seape, delegado Agnaldo Curado, afirmou que “todas as providências necessárias já estão sendo tomadas, tanto para a recaptura dos foragidos, bem como para apuração das circunstâncias em que ocorreu a fuga”.

Estrutura


Em 4 de outubro, um presidiário lotado no Centro de Internamento e Reeducação (CIR) da Papuda precisou ser encaminhado ao hospital após parte do reboco do teto de uma cela cair e atingir a cabeça do interno. Outros cinco detentos foram atingidos pela estrutura.

O desprendimento do reboco aconteceu no Pavilhão M do CIR. Segundo a Seape, quatro dos cinco internos tiveram escoriações leves e receberam atendimento médico na própria unidade prisional. O outro foi encaminhado ao Hospital de Base por apresentar um ferimento na cabeça e outro na perna.