Aedes aegypti

Dengue: mais de 900 mil casas no DF foram vistoriadas em 2020

Ao todo, 700 profissionais participaram das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti coordenadas pela Vigilância Ambiental

O trabalho de combate à dengue continuou mesmo durante a pandemia. De janeiro a setembro deste ano, a Vigilância Ambiental visitou 909.094 residências no Distrito Federal para verificar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, febre amarela, chikungunya e zika.

A ação contou com a participação de 700 profissionais para orientar os brasilienses sobre os cuidados e prevenção da dengue. Cerca de 48 mil depósitos de água precisaram ser tratados com o uso de larvicida.

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, alerta que os principais criadouros do mosquito ainda são encontrados nas residências, principalmente nos quintais, em baldes sem tampa, vasilhas, pratos de plantas e caixas d’água destampadas. “Por isso, não se pode descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros”, ressaltou

O Distrito Federal tem, atualmente, 45.348 casos prováveis de dengue – número que representa aumento de 22,42% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, a capital apresentou uma queda no número de mortes em consequência da doença. Neste ano foram registradas 44 vítimas, e no mesmo período do ano passado foram contabilizados 52 óbitos.

Ações

Com o objetivo de reduzir a proliferação do Aedes aegypti em todo o Distrito Federal, diversas ações foram realizadas ao longo do ano, como visitas domiciliares e atividades educativas de prevenção.

“A Secretaria de Saúde trabalha de acordo com o que preconiza o Programa Nacional de Combate à Dengue, realizando vistorias diárias para levantamento e identificação do nível de infestação vetorial, e, em cima desse nível, desenvolve diversas metodologias de combate à dengue”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.

Quando há confirmação de casos, as equipes fazem borrifação de larvicida em um raio de 300 m², informa o subsecretário. “Em seguida, é feita investigação epidemiológica e, em cima dessa investigação, são tabulados os dados desta região para o tratamento espacial”, relata.

Segundo Valero, os agentes de Vigilância Ambiental também estão colocando armadilhas para diminuir a quantidade de mosquitos. Ao adentrar o equipamento, o inseto sai impregnado pelo larvicida e, a partir daí, “contamina” outros depósitos, o que contribui para evitar a superpopulação de transmissores da doença.

O governo também tem atuado em parceria com vários órgãos com o objetivo de eliminar possíveis focos do mosquito, como o mapeamento por drones pelo Corpo de Bombeiros, recolhimento de sucatas com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), retirada de lixo e entulho pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e apoio operacional das administrações regionais.