Repercussão

Autoridades se solidarizam com piloto, morto após acidente no Pantanal

Comandante Renato Souza passou por cirurgia e se recuperava em casa. Ele sentiu falta de ar nessa madrugada e morreu no Rio de Janeiro

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o Ministério da Justiça e a Polícia Civil divulgaram notas de pesar pela morte do comandante Renato Souza, que morreu nesta terça-feira (27/10). O servidor da Polícia Civil do Distrito Federal pilotava um helicóptero da Força Nacional que caiu no último dia 8 de outubro em Poconé (MT) em uma operação de combate aos incêndios florestais que atingiam o Pantanal.

"Por onde passou, sempre exerceu suas funções com excelência, deixando marcas de dedicação e amor pela profissão", ressaltou a Polícia Civil, corporação da qual Renato fazia parte. 

"Meus sentimentos à família e minha homenagem e agradecimento ao Comandante Renato Souza, da PCDF, que bravamente lutou tanto no desastre de Brumadinho quanto no combate aos incêndios no Pantanal", escreveu Salles em uma rede social.

Já o ministério da Justiça publicou uma nota de pesar. "O Ministério da Justiça e Segurança Pública reconhece e agradece ao policial Renato de Oliveira Souza por seu profissionalismo e dedicação pelo País. Aos familiares e amigos, manifestamos nosso sentimento de solidariedade", diz o texto.

Depois da queda, enquanto sobrevoava a área consumida pelas chamas, o servidor foi socorrido e levado em outro helicóptero à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Cuiabá, a 140 km de distância. Por causa de uma fratura na região da lombar, ele precisou passar por uma cirurgia, mas chegou a receber alta na quarta-feira passada (21/10), quando foi transportado em uma aeronave cedida pelo governo do Mato Grosso ao Rio de Janeiro. Ele se recuperava na casa de um irmão, quando passou mal.

Renato Souza estava na corporação desde 1992 e foi chefe da Divisão de Operações Aéreas (DOA). Ele ainda chegou a atuar pela Força Nacional em operações nas Olimpíadas do Rio, em 2016, e também no resgate de vítimas da tragédia em Brumadinho (MG) em 2019. No DF, o policial ajudou a mapear o Lago Paranoá e auxiliou em resgates no local. Há um mês, ele contraiu covid-19, mas se recuperou e foi para a missão no Pantanal.