Vacinação

Após macaco morrer de febre amarela, Saúde faz inspeção em São Sebastião

O animal morreu por causa da doença, e como medida de prevenção, agentes da saúde vão conferir o cartão de vacinação dos moradores. Veja as regiões que receberão as visitas

Correio Braziliense
postado em 09/11/2020 11:34 / atualizado em 09/11/2020 11:34
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Devido à morte de um macaco que estava contaminado com febre amarela, próximo do bairro São José, em São Sebastião, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) vai visitar as casas dos moradores da região para conferir o cartão de vacinação dos residentes e identificar se estão imunizados contra a doença.

A ação começou nesta segunda-feira (9/11), nas quadras, ruas e chácaras dos bairros São José, São Francisco, Morro da Cruz, Vila Nova, núcleo rural Zumbi dos Palmares e na Avenida Central. Caso os moradores não tenham sido vacinados, as doses serão aplicadas na casa das pessoas pelos profissionais de saúde. Todos aqueles que não tiverem recebido as doses necessárias ou não se lembrarem se já foram imunizados deverão ser vacinados.

O óbito do macaco ocorreu na quinta-feira (5/11), e no mesmo dia, como medida ambiental, a equipe da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) esteve no bairro São José e realizou o controle químico para eliminar da área os mosquitos Aedes aegypti (transmissores da febre amarela), além de fazer a captura de alguns insetos para análise laboratorial. Esse procedimento foi repetido na sexta-feira (6/11).

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Divino Valero, esclarece que o objetivo da medida é fazer um bloqueio vacinal em São Sebastião como forma de prevenção. “O trabalho poderá se estender durante a semana, a depender da situação. Ao mesmo tempo, uma equipe vai fazer uma busca ativa por mais corpos de macacos em toda a região”, ressaltou.

Ele explica que os macacos não transmitem a febre amarela. “Assim como os seres humanos, eles também são infectados pelo vírus, mas não podem contaminar pessoas com a doença”, acrescenta, lembrando que o ciclo de transmissão da Febre Amarela é por meio do mosquito. Na área urbana, o responsável por transmitir o vírus é o Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, zika e chikungunya.

Óbito de macacos

Este foi o primeiro caso de óbito de macaco confirmado com a doença no DF desde 2016. De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde sobre monitoramento de mortes de macacos, na capital, foram recolhido 69 macacos mortos para análise, sem a confirmação de caso positivo para a febre amarela. Caso a população encontre macacos mortos, deve comunicar pelo telefone 99269-3673 ou pelo e-mail zoonosesdf@gmail.com.

Casos em humanos

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, o Distrito Federal não registrou casos da doença em seres humanos em 2019 e em 2020. Este ano, foram notificados nove casos suspeitos, mas nenhum foi positivo para a doença.

No entanto, em 2018, o DF teve dois casos confirmados, contudo os pacientes foram contaminadas em São Paulo. 

A SES informou que a cobertura vacinal de febre amarela está em 62,9% no DF. A vacina é aplicada com uma dose aos nove meses de idade e um reforço aos quatro anos. Pessoas de cinco a 59 anos de idade, não vacinadas ou sem comprovação vacinal, devem tomar uma dose única.

Com informações da Agência Brasília

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