URBANISMO

Projeto de revitalização do SIG recebe sinal verde do Conplan

Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal aprova projeto do GDF para revitalizar e ampliar mobilidade no Setor de Indústrias Gráficas. Na habitação, governador Ibaneis Rocha promete fazer andar a fila de moradia na capital

Washington Luiz
postado em 13/11/2020 06:00
 (crédito: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação/Divulgação)
(crédito: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação/Divulgação)

Calçadas mais largas, ciclovias, novos estacionamentos e mais acessibilidade. Essas são as obras que o Governo do Distrito Federal (GDF) promete tirar do papel com a aprovação do projeto de revitalização do Setor de Indústrias Gráficas (SIG), que recebeu o aval positivo do Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do DF (Conplan). Em reunião virtual realizada ontem, todos os 26 membros presentes votaram a favor da proposta apresentada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).

As intervenções serão executadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Ainda não há previsão de quanto elas vão custar e quando terão início. De acordo com a secretaria-executiva da pasta, a intenção é completar a Lei do SIG, aprovada em fevereiro deste ano pelos deputados distritais.

“O SIG foi todo projetado para grandes caminhões, para grandes áreas industriais, as gráficas eram muito grandes. Hoje, a relação é muito diferente. O setor é uma região de prestação de serviços diversos. Tem academia, escritórios, restaurantes. Então, houve a necessidade de se fazer também uma remodelação dos espaços públicos”.

Entre as alterações que deverão ser realizadas estão a reforma dos bolsões de estacionamento e a criação de novas vagas ao longo das vias, criação de ciclovia e ampliação das calçadas. Na Quadra 8, onde fica a maioria dos restaurantes, está previsto um projeto paisagístico e melhoria das conexões entre o SIG, o Setor Sudoeste e o Parque da Cidade, além do ajuste no sistema viário.

Para a empresária Ana Carolina Moura, 31 anos, as mudanças vão atrair mais clientes para o setor. A empresária é dona de uma lanchonete, aberta em março deste ano. “A gente tem a possibilidade de crescer na região em que já atuamos, tanto na questão de produção quanto na captação de clientes, principalmente por estar no coração de Brasília. As mudanças vão ser muito positivas, porque vamos ter a possibilidade de atingir o centro da capital”, afirma.

Essa não será a primeira mudança promovida pelo atual governo no SIG. Em fevereiro, os distritais aprovaram um projeto de autoria do Executivo que alterou as normas de uso e ocupação da região. A proposta contou com apoio de 20 deputados e teve apenas um voto contra. A nova lei libera atividades industriais, comerciais, de serviços e institucionais, com a construção de prédios de até 15 metros no setor.

Regularização

Na área de habitação, o governador Ibaneis Rocha (MDB) prometeu, ontem, “fazer andar” a fila de moradia no Distrito Federal. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), há um deficit de 200 mil habitações na capital. Durante evento no Riacho Fundo 2, o emedebista assinou um decreto que regulariza 1,6 mil lotes, das quadras QC1 a QC 6, e autorizou a construção de três mil apartamentos na região administrativa.

“Nós estamos trabalhando diuturnamente para que essas moradias sejam entregues à população do Distrito Federal. Nós vamos trabalhar muito para que o povo saia dessa fila, para que a gente consiga colocar essa fila para andar”, disse.

Após publicação do ato no Diário Oficial, o projeto será encaminhado para registro em cartório. Em seguida, será feita a coleta de documentação dos moradores para habilitá-los a participar do processo de regularização das unidades. Depois, a Codhab realizará a entrega das escrituras aos beneficiários.

A ordem de serviço assinada pelo governador autoriza o início das obras de unidades habitacionais na terceira etapa do Riacho Fundo 2. São previstas 3.033 residências, que devem atender 10 mil moradores na área de 148,34 hectares.

Chamado de Residencial Maria Clara, o primeiro empreendimento do local terá 44 apartamentos de 45m², compostos por dois quartos, sala, cozinha e banheiro. As unidades serão destinadas a candidatos das faixas de renda familiar 1,5 (R$ 1,8 mil) até 12 salários-mínimos inscritos na Codhab. A previsão é de que os apartamentos comecem a ser entregues em meados de 2021.

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