13º SALÁRIO

Sindivarejista estima que 13º vai injetar R$ 6,6 bilhões na economia do DF

O valor de R$ 6,6 bilhões representa uma queda de 13% em comparação ao ano passado, especificamente no período do Natal, onde registrou-se a aplicação de R$ 7,6 bilhões

Correio Braziliense
postado em 14/11/2020 07:00
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press - 28/10/20)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press - 28/10/20)

O pagamento do 13° salário deve injetar R$ 6,6 bilhões na economia do Distrito Federal, segundo estimativa do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista). Brasília lidera o ranking do maior valor médio para o recebimento do benefício em todo o Brasil (R$ 4.348) contra R$ 2.451, que é a média em todo o país, é o que aponta o levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O valor de R$ 6,6 bilhões representa uma queda de 13% em comparação ao ano passado, especificamente no período do Natal, onde registrou-se a aplicação de R$ 7,6 bilhões. “A baixa é atribuída aos efeitos da pandemia causada pelo novo coronavírus. Com a covid-19, caiu o consumo não só em Brasília, mas em todo o país”, argumentou o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro.

Em todo o país, cerca de 80 milhões de brasileiros terão direito ao 13° salário, sendo 48 milhões trabalhadores no mercado formal, aposentados ou pensionistas (30,8 milhões) e empregados domésticos com carteira de trabalho (1,4 milhão). No DF, o número de pessoas que receberão o benefício é de 1,44 milhão.

Com o maior valor médio para o 13º em todo o Brasil — os menores são no Maranhão e no Piauí (R$ 1.641 e R$ 1.647, respectivamente) —, o Distrito Federal pode ter um aumento nas vendas de fim de ano. “Teremos, pela primeira vez, um fim de ano em que o Papai Noel, lojistas e consumidores estarão de máscara. Ainda assim, esperamos crescimento nas vendas de 3%, contra 5% do último Natal”, disse Edson de Castro.

De acordo o sindicato, este ano, o gasto médio com presentes deve ficar entre R$ 190 e R$ 200, contra R$ 263 do último Natal. Os cartões de crédito podem responder por até 97% do faturamento das lojas, contra 94% do ano passado. Os presentes mais vendidos serão brinquedos, roupas, objetos para o lar e eletroeletrônicos. “O consumidor está usando pouco dinheiro. E as vendas pela internet podem crescer mais de 37%, porque muitos consumidores temem sair de casa. A pandemia criou uma nova cultura em termos de consumo”, pontuou Edson de Castro.

Expectativa

O operador de supermercado Douglas Maurício Oliveira, 23 anos, conta com o 13° salário para trocar o piso da casa onde mora com os pais e dois irmãos, em Brazlândia. Ele diz que tem juntado o dinheiro há um ano, mas que, com o benefício, poderá dar uma boa entrada na compra. “Pelos orçamentos que fiz, as cerâmicas novas vão custar em torno de R$ 2,2 mil. Poderia fazer outros planos com o dinheiro, mas é bom focar no que é necessário”, disse.

Eliete Rocha é gerente de uma loja de roupas no Sudoeste e espera alta nas vendas do fim de ano. Para isso, ela investe em novas tendências de moda e coleções semanalmente. “A expectativa é com o Natal e Ano Novo. Estamos preparados para receber os clientes. Com a mudança das coleções, os consumidores enchem os olhos e adquirem mais”, finalizou.

Covid-19: 533 novos casos

O Distrito Federal registrou 533 novos casos e 11 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, segundo o boletim, divulgado ontem, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do DF. Até o momento, foram notificados 219.012 infectados. Destes, 3.808 pessoas morreram, o que corresponde a 1,7% do total. Outras 210.836 pessoas já estão recuperadas da doença. A maioria dos casos está em Ceilândia, com 26.718 registros. A cidade também apresenta a maior quantidade de óbitos do DF (690).

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