Feminicídio

Acusado de assassinar vendedora vai a júri popular nesta quinta-feira (26/11)

Almir Evaristo Ribeiro responde por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo. Ele teria atirado contra a vendedora Noélia Rodrigues. Corpo foi encontrado no Assentamento 26 de Setembro

Correio Braziliense
postado em 25/11/2020 20:44
 (crédito: Reprodução/Facebook
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(crédito: Reprodução/Facebook )

O acusado de assassinar a vendedora Noélia Rodrigues de Oliveira, 38 anos, vai a júri popular nesta quinta-feira (26/11). Almir Evaristo Ribeiro, 43 anos, responde por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo. O julgamento está marcado para começar às 9h, no Fórum de Águas Claras.

O crime aconteceu em 17 de outubro de 2019. Noélia morava no Sol Nascente e trabalhava em um shopping da Asa Norte. Depois de sair do trabalho, ela desapareceu. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois carros se aproximam e ela aparenta se esconder atrás de uma moita. Almir, que era vizinho da vítima, estaria em um dos veículos.

No dia seguinte, ela foi encontrada no Assentamento 26 de Setembro, com uma marca de tiro no rosto e sinais de luta corporal. De acordo com as investigações, o tiro teria acontecido em uma estrada marginal na região de Vicente Pires. Almir foi preso em 24 de outubro.

Se condenado, ele pode cumprir pena que varia de 12 a 30 anos de prisão. O acesso do público ao plenário do tribunal está restrito, em razão da pandemia da covid-19. No entanto, os debates serão transmitidos on-line pelo aplicativo Webex.

*Com informações do MPDFT

Onde pedir ajuda?

Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência — Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República
- Telefone: 180 (disque-denúncia)

Centro de Atendimento à Mulher (Ceam)
- De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h
- Locais: 102 Sul (Estação do Metrô), Ceilândia, Planaltina

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam)
- Entrequadra 204/205 Sul - Asa Sul / (61) 3207-6172

- QNM 02, AE, conjunto G/H - Ceilândia Centro / (61) 3207-7391

Disque 100 — Ministério dos Direitos Humanos
Telefone: 100

Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar**
Telefones: (61) 3910-1349 / (61) 3910-1350

O que é feminicídio?

Reconhecido como crime hediondo desde 2015, o feminicídio consiste no assassinato de mulheres por razão de gênero. Conhecer as nuances e as características que envolvem esse tipo de violação, é fundamental para ter um enfrentamento efetivo e evitar que existam novas vítimas.

Fonte: Agência Patrícia Galvão

Tipos de violência contra a mulher

Nem todos sabem, mas a violência contra a mulher vai muito além de agressões, estupros e assassinatos. A Lei Maria da Penha sancionada em 2006, classifica em cinco categorias os tipos de abuso cometido contra o sexo feminino, são eles: violência física, violência moral, violência sexual, violência patrimonial e violência psicológica.

Além das violências físicas mais conhecidas como as agressões, estão também enquadradas na primeira categoria ações como atirar objetos com a intenção de machucar a mulher, apertar os braços, sacudi-la e segurá-la com força.

A violência moral está atrelada ao constrangimento que o agressor pode causar a vítima como expor a vida íntima do casal para outras pessoas e o vazamento de fotos íntimas na Internet. Calúnias, difamação ou injúria também fazem parte desse tipo de violência.

Diferentemente do que muitos podem pensar, a violência sexual não se resume a forçar uma relação íntima . Obrigar a mulher a fazer atos que a causem desconforto, impedi-la de usar métodos contraceptivos, ou a abortar, também são considerados formas de opressão.

Controlar os bens , guardar ou tirar dinheiro sem autorização da mesma, e causar danos de propósito em objetos são alguns exemplos de violência patrimonial.

Por fim, a violência psicológica consiste em diminuir a autoestima da mulher, sendo com humilhações, xingamentos, desvalorização moral que implicam em violência emocional. Tirar direitos de decisão e restringir liberdade também fazem parte da última categoria.

Fonte: Agência Patrícia Galvão

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