igualdade de gênero

53º Festival de Cinema discute políticas públicas e igualdade de gênero

O debate contou com a presença de mulheres do setor: elas refletiram sobre os desafios e avanços femininos e propuseram ações para sociedade e Estado

Correio Braziliense
postado em 16/12/2020 16:56 / atualizado em 16/12/2020 16:57
O 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) teve início nesta terça com discussões sobre temas urgentes -  (crédito: Reprodução)
O 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) teve início nesta terça com discussões sobre temas urgentes - (crédito: Reprodução)

O 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) teve início nesta terça-feira (15/12) com discussões sobre temas urgentes para as políticas públicas de audiovisual. Com programação diversificada, o festival reúne atividades com o objetivo de discutir o momento do audiovisual brasileiro e prospectar os caminhos para o futuro.

Uma das primeiras atrações desta edição foi um debate sobre o protagonismo feminino no segmento cinematográfico. Mediada pela cineasta brasiliense Cibele Amaral, a mesa contou com a presença de mulheres que estiveram em realizações cinematográficas deste ano, além de críticas e estudiosas do setor.

O encontro, feito de forma virtual, promoveu um debate sobre a igualdade de gênero audiovisual, que está ganhando destaque mundialmente. Diante da reflexão sobre os desafios e avanços no setor, as participantes do segmento cultural propuseram ações para aprimorar o cinema brasileiro, tanto por parte da sociedade civil quanto do Estado.

A produtora Débora Ivanov, criadora do projeto Mais Mulheres, destacou a importância da diversidade para o cinema nacional e falou sobre as ações desenvolvidas para potencializar a voz feminina no Brasil. “Temos que continuar ocupando o nosso espaço. Diversidade não é só justiça social, é também um bom negócio”, completa.

Para Viviane Ferreira, cineasta e ativista do movimento negro, é necessário impulsionar o debate e pensar na revolução das mulheres negras no audiovisual. “Ainda mais diante da pandemia, tivemos a necessidade de nos olhar como seres coletivos, exercitando a nossa capacidade colaborativa em sociedade”, aponta.

No encerramento da mesa, a fundadora do Festival Internacional de Mulheres no Cinema (FIM), Minom Pinho, ressaltou que não é só no cinema que existe um desequilíbrio, mas em todas as profissões. Ela foi pioneira em eventos on-line dos quais participaram mulheres e contabilizou o sucesso e a pluralidade do festival. Os filmes do FIM chegaram a 400 municípios do Brasil e contaram com participação de 45% de mulheres negras.

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