Investigação

Bombeiro do DF acusado de assédio e agressão pode perder porte de arma

O Corpo de Bombeiros abriu um processo administrativo para investigar o sargento Guilherme Marques Filho, acusado de assédio e agressão. O caso ocorreu na sexta-feira passada, em Taguatinga

Sarah Peres
postado em 23/12/2020 11:41 / atualizado em 23/12/2020 11:47
 (crédito: Reprodução/Camera de Segurança)
(crédito: Reprodução/Camera de Segurança)

A Corregedoria do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) abriu um procedimento para analisar a suspensão imediata do porte de arma do sargento Guilherme Marques Filho. O servidor é acusado de assediar uma mulher na estação de metrô Praça do Relógio, em Taguatinga. Ele também foi flagrado agredindo o programador Jair Akson Reis Canhête, 25 anos, porque a vítima tentou intervir na situação de assédio.

Conforme apurado pelo Correio, o pedido para a suspensão do porte foi realizado ainda na segunda-feira (21/12), e passa por avaliação. Como o sargento já integra o serviço administrativo da corporação, não houve necessidade dele ser realocado. Não há previsão de afastamento do militar durante a investigação.

Após a repercussão do caso, com a divulgação do vídeo que mostra o sargento Guilherme com a arma de fogo em mãos, agredindo Jair Akson, a vítima de assédio do metrô também procurou a 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). Ela também abriu uma ocorrência contra o acusado que, agora, pode responder pelos dois crimes.

As imagens de circuito interno de segurança de uma loja de Taguatinga Centro auxiliará a apuração. Jair já prestou depoimento e afirmou que foi agredido depois de intervir na situação de assédio no metrô. O programador foi seguido pelo sargento até o local onde levou os tapas no rosto, enquanto era chamado de “vagabundo”.

Em entrevista ao Correio, no sábado passado (19), Jair desabafou sobre o crime e afirmou que “faria tudo de novo, porque não se trata de conhecer ou não a pessoa. Precisamos tomar atitudes nesse mundo tão conturbado que vivemos. Fazer nossa parte. Na hora, lembrei da minha irmã que já sofreu assédio no metrô. Pensei na minha mãe que usa o transporte, nas minhas amigas.”

A reportagem fez contato com o sargento Guilherme Filho e aguarda a manifestação dele. O espaço segue aberto. 

 

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