Em entrevista ao CB.Poder, apresentado por Jéssica Eufrásio nesta sexta-feira (22/1), Alexandre Soares, professor de Imunologia, Patologia e Anatomia do Centro Universitário IESB, debateu sobre a eficácia e os efeitos das vacinas contra a covid-19. Durante o programa que é uma parceira do Correio Braziliense com a TV Brasília, o doutor ressaltou a importância do combate às fake news a respeito da imunização.
“Não é necessário ter medo, é um vírus inativado e a função dele é fazer com que o organismo crie anticorpos caso haja contato com a covid-19. Os efeitos colaterais são baixíssimos e os mais vistos são: dor local, cansaço, mal estar e febre. Não houve reação adversa grave”, explicou Soares. Na visão dele, a vacinação é a forma mais eficaz de combate ao coronavírus. “Não se deve questionar a validade científica da vacina. A imunização existe há dezenas de anos”, afirma.
O professor observa que há ruídos capazes de confundir a população sobre a eficácia do imunizante Coronavac. “Muitos quando ouvem sobre a eficácia de 50% acreditam que só funciona em metade das pessoas, no entanto, não é verdade, mas a vacina aumenta em 50% as chances de não ser infectado pelo vírus e em caso de infecção, não haverá sintomas graves. As pessoas pegam a informação real da eficácia e a deturpam”, opina ele.
Uma das preocupações levantadas pelo docente é o desestímulo à imunização gerado pela disseminação de fake news. “Há pessoas que estão dentro de grupos prioritários que estão se recusando a serem vacinadas, por exemplo. É um contra senso, quando chegar a fase dos próximos grupos, deve haver uma campanha da sociedade em geral sobre conscientização. A questão maior não é o acesso à vacina, mas conscientizar as pessoas”, diz Alexandre Soares.
Segundo ele, o rápido desenvolvimento de um imunizante contra o coronavírus se deu pelo alto investimento em pesquisas científicas. “Usou-se bilhões de dólares para adiantar esse processo porque a pandemia paralisou o mundo. Além disso, a vacina não foi inventada de repente, usou-se outros modelos para fazê-la. Temos que lutar pelo conhecimento científico”, frisa o professor.
*Estagiária sob supervisão de Nahima Maciel
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