INFRAESTRUTURA

Chuvas causam transtorno a moradores de Sol Nascente e Vicente Pires

População sofre com alagamentos, enxurradas e danos aos carros e casas provenientes das chuvas fortes

Edis Henrique Peres
postado em 13/02/2021 20:48
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

As fortes chuvas no Distrito Federal causaram danos a diversos moradores do Sol Nascente/Pôr do Sol. Carros enfrentaram alagamentos e casas acabaram inundadas pela enxurrada. Na manhã deste sábado (13/2), a Administração Regional da cidade e a Defesa Civil tiveram de ir ao Trecho 3 da cidade para retirar o excesso de lama, que não permitia a locomoção dos ônibus.

Para Edson Batista, 41 anos, líder comunitário e morador da região, falta ação efetiva da Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal. "A pasta sempre diz que as obras estão em processo de licitação, mas (eles) têm de agilizar. Precisamos de um retorno rápido, para evitar esses prejuízos. Eu, graças a Deus, não tive danos, mas vizinhos tiveram as casas invadidas pela água", conta.

No Trecho 3 do Sol Nascente, por volta das 15h, os carros enfrentavam o alagamento das ruas. "Nem choveu tanto aqui em Sol Nascente, mas a água vem toda da enxurrada de Ceilândia", explica o morador.

A pedagoga Margarida Minervina, 48, também moradora da região, destaca que ações da administração e da Defesa Civil são tardias. “Eles sempre souberam dos riscos e dos transtornos da região, deveriam ter tido um olhar diferenciado desde antes. O problema é que falta uma captação de água adequada e, agora com essa chuva, é pouco o que podem fazer. Nas casas mais abaixo, a água entrou mesmo. E isso sempre acontece, porque não temos infraestrutura nenhuma”, lamenta.

Aline Alves Bessa, 31, moradora do Trecho 2 do Sol Nascente e voluntária social, também relatou danos. “Eu trabalho com ação social, estava a caminho de entregar marmitas para as pessoas mais vulneráveis quando fui surpreendida pela chuva. O para-choque do meu carro foi arrancado e eu tive que amarrar com cordas e fios para tentar continuar andando. Mas devido ao volume de água de ontem (sexta-feira) ele teve problemas também na parte elétrica e não está funcionando”, afirma. Aline acrescenta que o carro é fundamental para que ela consiga realizar as atividades de ação social no Sol Nascente.

Em nota, a Secretaria de Obras defendeu que, em novembro de 2020, contratou empresa para a elaboração de projetos referentes aos trechos 1 e 3. “O investimento é de aproximadamente R$ 2 milhões e as empresas têm 12 meses para concluir os projetos, ou seja, até novembro deste ano”, pontua.

A pasta também ressaltou que somente após a atualização dos projetos será realizada uma nova licitação para contratar empresas responsáveis pela continuidade das obras. “A retomada das obras nesses trechos deve ocorrer somente em 2022”, explica. Em relação ao Trecho 2, a secretaria informou que a licitação foi feita em dezembro e que no momento a comissão de licitação analisa a documentação das empresas que apresentaram propostas.

“Todo o trâmite licitatório costuma durar entre 90 e 120 dias após a abertura das propostas. A situação atual dos serviços é que no Trecho 1 o previsto em contrato está concluído; no Trecho 2, 90% da drenagem e 70% da pavimentação executadas; e no Trecho 3, 71,49% das obras de drenagem e 12% de pavimentação executadas”, finaliza.

Estragos em outras regiões

Em Vicente Pires, devido às chuvas, houve pontos de alagamento e locais onde muros e beiradas de calçadas ruíram. O Corpo de Bombeiros chegou a atender, por volta das 16h, duas ocorrências na região, uma na Rua 08 e outra na Rua 10.

Já no Paranoá, na Avenida Transversal, uma árvore caiu em cima de dois carros, que não estavam ocupados. O acidente ocorreu no início da tarde deste sábado e não deixou vítimas. Pela manhã, outra árvore caiu no Bloco I da 202 Sul.

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