Justiça

Casal que matou e esquartejou vigilante é condenado a mais de 20 anos de prisão

Como consta nos autos do processo, a ex-namorada de Marcos Aurélio o atraiu até a casa dela, em Samambaia Sul, onde o sedou com medicamentos controlados e o amarrou pelos punhos em um cômodo que ficava nos fundos da casa. O homem foi morto a facadas e esquartejado em seguida

Darcianne Diogo
postado em 18/02/2021 20:07
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

O Tribunal do Júri de Samambaia condenou Giovane Michael Alves e Rutiele Pereira Bersan a mais de 20 de anos de prisão pelo assassinato do vigilante Marcos Aurélio Rodrigues de Almeida, 32 anos. Os dois foram presos em 13 de novembro de 2019 e respondem ao processo em regime fechado no Complexo Penitenciário da Papuda e na Penitenciária Feminina do DF (PFDF).

Como consta nos autos do processo, Rutiele, que era ex-namorada do vigilante, o atraiu até a casa dela, em Samambaia Sul, onde o sedou com medicamentos controlados e o amarrou pelos punhos em um cômodo que ficava nos fundos da casa. O homem foi morto a facadas e esquartejado em seguida. Partes do corpo de Marcos foram jogadas em diferentes locais da região administrativa, todas a cerca de 578 metros da residência de Rutiele.

O crime, segundo a Justiça, teria ocorrido por desejo de vingança da mulher contra o vigilante. À época, investigações da Polícia Civil do DF (PCDF) revelaram que Marcos teria rompido a relação com Rutiele para retomar o casamento com a ex-mulher. Inconformada com o término, a acusada decidiu matá-lo friamente. Em depoimento, Rutiele disse que, após atrair o ex para a casa, acenou positivamente com a cabeça para Michael, o segundo réu, o autorizando a concretizar o assassinato.

Julgamento

A defesa de Michael solicitou o reconhecimento da atenuante de confissão espontânea quanto ao homicídio, o afastamento das qualificadoras de motivo torpe e dissimulação, bem como a ausência de autoria. Os advogados de Rutiele sustentaram a negativa de participação no crime e pediram, também, o afastamento das qualificadoras por motivo torpe e meio cruel.

Os magistrados, no entanto, reconheceram a materialidade dos fatos, a autoria e participação dos acusados. “A culpabilidade é mais exacerbada também pelo concurso de agentes, pois tal circunstância vulnerou ainda mais o bem jurídico protegido (a vida), ao reduzir as possibilidades de defesa da vítima frente à comunhão de esforços dos réus, tanto que ambos tiveram sucesso na empreitada criminosa (...)", ponderou a juíza presidente da sessão.

Michael foi condenado a 22 anos e três meses de reclusão, enquanto que Rutiele recebeu a pena de 29 anos e seis meses de prisão. Os dois respondem por homicídio triplamente qualificado e ocultação e destruição de cadáver. O processo está sob segredo de Justiça.

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