Vacinas

'Reações leves não comprometem o andamento da vacinação', diz epidemiologista

Especialista afirma que os 282 casos de reações leves à vacina contra covid-19 registrados no DF não comprometem o andamento da imunização. Os efeitos graves, extremamente raros, é que devem estar no radar das agências reguladoras

Desde o início da vacinação contra covid-19 no Distrito Federal, pelo menos 282 pessoas tiveram reações adversas aos imunizantes, notificadas à Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS/SES). Apesar de todos os casos serem leves, como vermelhidão, dor e febre, o professor de epidemiologia da Universidade de Brasília (UnB) Mauro Sanchez afirma que a vigilância precisa ficar atenta aos casos graves que, segundo ele, são extremamente raros. 

"É importante continuar monitorando as  reações adversas para continuar atestando a segurança da vacina. Porém, até o momento, os imunizantes disponíveis no DF (AstraZeneca e CoronaVac) se mostraram extremamente seguros. As reações leves não comprometem o andamento da vacinação", completa Sanchez. 

Além disso, o professor afirma que os sintomas sentidos por estes 282 brasilienses são comuns. "Em qualquer tipo de vacina essas coisas podem acontecer. O tratamento é simples." Segundo Sanchez, as pessoas que sentirem sintomas podem informar aos médicos ou equipes de saúde e estas notificam as agências e órgãos de vigilância sanitária. 

Efeitos graves 

Um dos efeitos adversos graves, mas raro, é o choque alérgico que costuma ocorrer minutos após a exposição ao item causador da alergia. Porém, como reforça Sanchez, ainda são extremamente raros. "Não há motivos para ter medo disso e deixar de tomar a vacina. É importante frisar que a vacinação é um ato coletivo e não há indícios de que as vacinas não sejam seguras", finaliza. 

A Vigilância à Saúde reforça o pedido para que todos os que tiverem alguma reação após receber a dose do imunizante contra a covid-19 retornem ao mesmo posto de vacinação e comuniquem às equipes de agentes de saúde.