Meio Ambiente

Unidades de conservação: o alívio dos brasilienses

Moradores da capital aproveitam os parques abertos para contemplar a natureza e passear no período de lockdown.

Edis Henrique Pere
postado em 04/03/2021 14:48 / atualizado em 04/03/2021 16:48
Algumas medidas, como fechamento dos banheiros, foram tomadas para evitar aglomeração nos parques -  (crédito: Reprodução/Ibram)
Algumas medidas, como fechamento dos banheiros, foram tomadas para evitar aglomeração nos parques - (crédito: Reprodução/Ibram)

Os parques têm sido o refúgio para os brasilienses com o decreto de lockdown do Governo do Distrito Federal (GDF) para reduzir o contágio do novo coronavírus. Ao todo, 25 unidades de conservação administradas pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram) continuam abertas durante o período de medidas restritivas. Com o fechamento de academias e centros esportivos, os parques ajudam a diminuir o estresse durante o isolamento, permitem a prática de exercícios e, claro, a contemplação da natureza.

Para o morador da Asa Norte Danilo Avelar, 34 anos, servidor e professor universitário, o parque é uma válvula de escape. “Em um período de isolamento em que a gente quase enlouquece trancado em casa, administrando trabalho e filho sem escola, os parques são uma excelente opção. Eu mesmo volto agora para o terceiro turno com as energias recarregadas”, declarou, ao deixar o Parque Olhos D’água, na Asa Norte, para voltar ao trabalho.

O uso de máscaras de proteção facial continua sendo obrigatório mesmo nos espaços abertos, mas o principal propósito dos parques públicos do DF é reunir sem aglomerar. A superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto Brasília Ambiental, Rejane Pieratti, explica que as áreas abertas dificultam a proliferação do vírus e ajudam a manter o equilíbrio mental e físico comprometido pelo isolamento.

Ainda assim, para auxiliar na contenção do contágio, as administrações dos parques fecharam os banheiros e os bebedouros foram desativados. Também os equipamentos de ginástica dos pontos de encontro comunitários (PECs) e parquinhos estão isolados e proibidos de serem utilizados. As atividades coletivas que causem aglomeração também são proibidas.

Rejane explica que a recomendação é que as pessoas utilizem o banheiro antes de sair de casa. “Também é importante que levem suas próprias garrafinhas de água e desfrutem da natureza das nossas unidades, conscientes do distanciamento e do uso de máscaras”.

Adote um parque

O GDF está lançando o Reviva Parque, com o objetivo de estimular a realização de parcerias para promover a conservação dos parques do DF. Uma medida parecida com o projeto Adote uma Praça, que visava reformas de áreas públicas com o apoio da sociedade civil.

A expectativa é proporcionar lazer, turismo, esporte, revitalização, cultura, manutenção e melhorias nos parques e unidades de conservação. Quem contribuir com reforma de banheiros, pinturas ou em outros investimentos, poderá utilizar, temporariamente, uma das áreas do parque para a divulgação da marca ou realização de alguma atividade, como a de um profissional liberal de educação física, por exemplo. Cláudio Trinchão, presidente do Ibram, explica que o projeto vai trazer a sociedade para mais perto da conservação desses espaços.

Para o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho, é uma maneira de driblar a contenção orçamentária. “As parcerias previstas no Reviva Parque, tanto com órgãos do governo como da iniciativa privada, serão de grande importância para melhorar a infraestrutura desses espaços. Não se trata de privatizar os nossos parques, mas oferecer maior conforto aos brasilienses que frequentam e têm muito orgulho das áreas verdes da capital. Serão recursos a mais que estão entrando em uma época de contenção orçamentário”.

Confira a lista de alguns parques em funcionamento na capital:

  • Parque Recreativo do Gama - aberto todos os dias das 6h às 18h;
  • Parque Distrital das Copaíbas - aberto todos os dias das 8h às 18h;
  • Monumento Natural Dom Bosco - aberto todos os dias das 6h às 20h;
  • Parque Ecológico do Paranoá - aberto todos os dias das 6h às 18h;
  • Parque Ecológico Sucupira - aberto todos os dias 6h às 20h;
  • Parque Ecológico do Lago Norte - aberto todos os dias das 6h às 18h;
  • Parque Ecológico da Asa Sul - aberto todos os dias das 6h às 20h;
  • Parque Ecológico Olhos d'Água - aberto todos os dias. Portão principal, das 5h30 às 20h, e portões laterais, das 6h às 8h;
  • Parque Ecológico Ezechias Heringer - aberto todos os dias das 6h às 22h;
  • Parque Ecológico de Águas Claras - aberto todos os dias das 5h às 22h;
  • Parque Ecológico do Riacho Fundo - aberto todos os dias das 6h às 18h;
  • Parque Ecológico Areal - aberto todos os dias das 6h às 18h;
  • Parque Ecológico Veredinha - aberto todos os dias das 6h às 22h;
  • Parque Ecológico Cortado - aberto todos os dias das 6h às 18h;
  • Parque Ecológico Três Meninas - aberto todos os dias das 7h às 18h;
  • Parque Vivencial do Anfiteatro Natural do Lago Sul - aberto todos os dias das 6h às 18h;
  • Parque Ecológico Península Sul - aberto todos os dias das 6h às 22h.

 

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