A Indústria União Química S/A, empresa responsável por trazer a vacina russa para o Brasil, poderá dar início à produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina russa Sputinik V em fábrica instalada na região administrativa de Santa Maria (DF). Isso porque a empresa obteve, nesta sexta-feira (5/3), uma Autorização Ambiental concedida pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram). Além disso, a indústria recebeu uma atualização de Licença de Operação.
A vacina russa foi aprovada recentemente para o uso emergencial no combate à pandemia causada pelo novo coronavírus e atualmente está em processo de aprovação de uso regular e de produção interna. Com a autorização ambiental, é possível que a indústria realize empreendimentos, atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário para execução de obras ou atividades que não estão no processo de licenciamento ambiental.
Já a Licença de Operação possibilita o início da atividade, empreendimento ou pesquisa científica. O superintendente de Licenciamento do Brasília Ambiental (Ibram), Alisson Neves, explica que a autorização é importante porque garante a possibilidade de a União Química mudar a planta industrial para receber a nova produção. “Já a readequação da LO, que era exclusiva para a produção e comercialização de bioinseticidas, agora autoriza a fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários, reconhecendo a regularidade ambiental para avançar na questão da vacina.”
Contudo, apesar da aprovação, a empresa será acompanhada pelo Ibram principalmente pelos próximos 180 dias, com o objetivo de orientar as condições necessárias para as adequações propostas, permitindo que a indústria tenha a capacidade e regularidade ambiental para produção do IFA. Atualmente, todo insumo para a produção de imunizante no Brasil precisa ser importado de outros países.
Já no caso da fabricação total da vacina, a autorização vem da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o caminho apontado pelas licenças ambientais é fundamental para o andamento desse processo.
“Não seria possível avançar sem a regularidade ambiental, já que a atividade industrial deve ser acompanhada por licenças ambientais. Com a emissão dos atos, conseguimos garantir que a empresa possa, sob o ponto de vista ambiental, avançar na produção”, destaca.
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