A imagem de um corpo embalado em um saco preto no leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) chamou a atenção. A situação foi registrada por meio de um vídeo gravado por uma funcionária da unidade de saúde nesta terça-feira (6/4).
Na filmagem, é possível ver o corpo, preso com uma fita crepe preta, em uma maca, ao lado de outros pacientes internados com a covid-19. “No saco plástico, gente. Olha só”, denunciou a funcionária.
O HRSM é administrado pelo Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (Iges-DF). Questionado pelo Correio sobre a situação, o órgão confirmou que o vídeo mostra a UTI do 1º andar do Hospital de Campanha de Santa Maria, que é comandado pela empresa Associação Saúde e Movimento (ASM), contratada pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
Com base no protocolo do Ministério da Saúde (MS), a maneira correta de embalar o corpo de um paciente vítima da covid-19 é com o invólucro específico para óbito, borrifado com hipoclorito de sódio. A má conduta pode contaminar quem vai manipular o corpo.
Por meio da SES-DF, a ASM se manifestou por nota. “Entendemos que aconteceu um evento pontual, de falha de comunicação da equipe operacional, na qual, esclarecemos que todos os materiais e insumos necessários para prestação de assistência aos pacientes são disponibilizados em todas as unidades vinculadas à instituição, bem como para este procedimento.” A nota esclareceu que estão sendo tomadas as medidas cabíveis quanto ao episódio
A empresa afirmou, ainda, que, até o presente momento, “jamais houve eventos adversos desta natureza ou que tenham inter-relação com o manejo do corpo pós-morte”. O Iges-DF ressaltou que conta com 254 invólucros para cadáver tamanho infantil, 295 adulto e 523 juvenil em estoque no HRSM para atender à demanda administrada pelo hospital. O instituto garantiu que todas as medidas para armazenamento de cadáveres são feitas de acordo com os protocolos.
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