Investigação

Militares acusados de furar fila da vacina contra a covid-19 passam por oitivas

As audições são realizadas pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) do MPDFT, que apura se houve ou não irregularidades na imunização dos policiais

Correio Braziliense
postado em 15/04/2021 18:12 / atualizado em 15/04/2021 18:44
Militares são ouvidos pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT -  (crédito: Arquivo)
Militares são ouvidos pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT - (crédito: Arquivo)

A 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (Prosus) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) realiza, nesta quinta-feira (15/4), uma oitiva com os policiais militares acusados de furar a fila da vacinação contra a covid-19. A 2ª Prosus apura se houve ou não irregularidades na imunização dos militares. Os depoimentos continuam nesta sexta-feira (16/4) e na próxima segunda (19/4).

O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Julian Rocha Pontes; o ex-subcomandante-geral coronel Cláudio Fernando Condi e o irmão dele, o subcomandante operacional do 2º Comando de Policiamento Regional, tenente-coronel Eduardo Condi são acusados de tomar a vacina antes da hora. Após as acusações, os dois primeiros foram exonerados do cargo no início de abril.

O terceiro envolvido nas acusações, Eduardo Condi, passou a atuar na área administrativa da corporação após ser indiciado no caso da Naja, que tomou grandes proporções no Distrito Federal. Ele é padrasto de Pedro Henrique Krambeck, o estudante de medicina veterinária picado pela serpente, e, no esquema criminoso, teria dado suporte financeiro e material para que a residência servisse de cativeiro ilegal para  cobras. O tenente-coronel responde a 23 processos por tráfico de animais silvestres, fraude processual, maus-tratos e associação criminosa.

Na última quarta-feira (14/4), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) que o ex-comandante-geral da PM, Julian Rocha Pontes, foi transferido para a reserva remunerada. Ele foi exonerado do cargo após fontes informarem que se vacinou na Unidade Básica de Saúde I (UBS I) da Asa Sul, em 31 de março. Em resposta ao Correio, à época, Pontes afirmou que o ato “não foi ilegal” e defendeu que, em nenhum momento, furou os critérios estabelecidos para a vacinação.

 

A primeira etapa da vacinação contra a covid-19 dos profissionais das forças de segurança do Distrito Federal começou em 5 de abril. Inicialmente, foram vacinados aqueles que estão na linha de frente, devido a maior exposição, risco de contágio e transmissão do vírus, assim como os que são envolvidos em resgates e atendimento pré-hospitalar e na vigilância das medidas de distanciamento social. 

 

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