Samambaia

Com tornozeleira, réu na Falso Negativo é baleado durante assalto no DF

O ex-assessor especial da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) Ramon Santana Lopes Azevedo retirava caixas de dentro do carro, quando a namorada, que estava no interior do veículo, foi abordada por criminosos. Ao avistar a situação, ele reagiu e foi baleado

Darcianne Diogo
postado em 28/04/2021 17:50 / atualizado em 28/04/2021 18:21
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

O ex-assessor especial da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) Ramon Santana Lopes Azevedo levou um tiro durante uma tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) em Samambaia, nesta terça-feira (27/4). Ramon foi alvo da operação Falso Negativo, que apontou irregularidades na compra de testes para detecção da covid-19 e, por isso, utiliza tornozeleira eletrônica, como determinado pela Justiça.

A namorada relatou aos policiais da 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) — unidade que investiga o caso —, que estava no carro enquanto Ramon retirava caixas de dentro do veículo para guardar no interior da residência. Nesse momento, ela foi abordada por dois homens, segundo o relato.

Ao perceber a movimentação, Ramon teria saído de dentro da casa e reagido ao assalto. Um dos criminosos atirou contra ele e fugiu do local. A bala atingiu o quadril e ele foi encaminhado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Procurado pelo Correio, o advogado de Ramon, Celivaldo Eloi, afirmou que ele passa bem e já está em casa.

Até a última atualização dessa reportagem, ninguém havia sido preso. De acordo com o delegado à frente do caso, Fernando Celso da Silva, as investigações estão em andamento.

Falso Negativo

A operação Falso Negativo foi deflagrada em julho de 2020 para a apuração de fraudes nos contratos de compra de testes rápidos para o disgnóstico de covid-19. As investigações apontaram que, além de terem sido adquiridos com preços inflacionados em pelo menos 150%, os testes eram de baixa qualidade.

A operação ainda indicou a participação da cúpula da Saúde no esquema de superfaturamento. O prejuízo estimado aos cofres do DF foi de R$ 18 milhões. Ramon ficou preso por três meses e, desde novembro de 2020, cumpre medidas cautelares.

 

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