Pandemia

'Não faltará segunda dose no DF', garante Ibaneis

O pronunciamento nas redes sociais veio após Ministro da Saúde admitir dificuldade e preocupação com o fornecimento de novas doses da vacina

POr meio das redes sociais, o governador Ibaneis Rocha (MDB) garantiu, na manhã desta segunda-feira (26/4), que a 2ª dose está garantida para todas as pessoas que tomaram a 1ª dose da CoronaVac na capital. A declaração ocorreu após o Ministério da Saúde alertar quanto à falta de estoque para concluir a imunização em alguns estados.

O governador disse ainda que "a Secretaria de Saúde do DF, em uma decisão acertada, fez a reserva das doses para garantir a imunização completa dos públicos já atendidos com a D1. No DF, para estas pessoas, não faltará a D2. Sofremos muita pressão para mudar este posicionamento, mas a firmeza da decisão nos garantiu hoje maior tranquilidade em relação aos outros estados".

De acordo com o chefe do executivo, nesta quarta-feira (27/4) haverá mais informações sobre as próximas remessas de doses que serão enviadas pelo Ministério da Saúde, incluindo a chegada de doses da Pfizer.

Fornecimento

Há cerca de um mês, o Ministério da Saúde modificou a orientação para a aplicação das vacinas contra a covid-19 por parte de estados e municípios. A pasta orientou que os entes federativos utilizassem imediatamente todas as doses distribuídas pelo governo federal, inclusive as que estavam sendo armazenadas para atender à segunda etapa do esquema vacinal contra a enfermidade.

Com a decisão, alguns estados precisaram suspender a vacinação da segunda dose devido à falta do imunizante. Durante sessão no Senado Federal nesta segunda-feira (27/4), o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, ressaltou que a situação tem causado preocupação e tem levado estados e municípios a recorrerem à Justiça. "Não é a judicialização que vai resolver esse problema. O que resolve são políticas públicas efetivas, que temos tentado colocar em prática nesse ministério", afirmou o ministro.

Queiroga justificou que o problema se deu pela liberação de todas as doses para aplicação e, posteriormente, um atraso da chegada dos insumos da China, inviabilizando a entrega de uma nova remessa capaz de suprir a demanda para aplicação das segundas doses. "Como esta semana não há previsão de chegada de vacina do Butantan, só daqui a cerca de 10 dias, vamos emitir uma nota técnica em relação ao tema", disse durante a Comissão da Covid-19, no Senado Federal.

Após o descompasso gerado com a liberação de todas as doses da CoronaVac para a primeira aplicação, o Ministério da Saúde voltou atrás e passou a orientar que os municípios reservem o quantitativo para garantir a dose reforço. Enquanto o Brasil não tiver autossuficiência para produzir o imunizante inteiramente em território nacional e não depender mais da importação do IFA, a previsão é de que a pasta mantenha a recomendação.