Crime

Morte de bebê em Samambaia: Ministra Damares vai à delegacia pedir informações

Yasmim Sophia, de 1 anos, pode ter sofrido maus-tratos que levaram à morte, segundo laudo cadavérico do IML. O padrasto e a mãe estão presos

Darcianne Diogo
postado em 06/05/2021 14:51 / atualizado em 06/05/2021 15:16
A ministra Damares foi à  delegacia pedir informações sobre morte de bebê em Samambaia -  (crédito: Reprodução)
A ministra Damares foi à delegacia pedir informações sobre morte de bebê em Samambaia - (crédito: Reprodução)

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, esteve, no começo da tarde desta quinta-feira (6/5), na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), após a repercussão do caso da bebê Yasmim Sophia, de 1 ano, que morreu em fevereiro. A suspeita é de que a morte tenha sido provocada por maus-tratos. A mãe e o padrasto da menina foram presos temporariamente nesta terça-feira (4/5).

Pelo Twitter, a ministra afirmou que foi até a unidade policial para obter mais informações sobre o caso. "Estou agora em Samambaia com os policiais e delegados e conselheiros tutelares que investigam a morte de uma bebê de um ano. Os principais suspeitos são a mãe e o padrasto. Vim para obter informações que nos ajudem a aperfeiçoar as políticas de proteção à criança", escreveu Damares.

Segundo o delegado-adjunto da 26ª DP, Rodrigo Carbone, a conversa entre a ministra com os policiais foi produtiva. "Ela (Damares) nos deu muito apoio, parabenizou a delegacia e as investigações. Disse, ainda, que está empenhada nas causas envolvendo crimes contra crianças e está com um projeto para estreitar laços com o DF para que seja fortalecido a rede de proteção as crianças vulneráveis", frisou. 

Caso Yasmim

A três dias de completar o aniversário de 1 ano, a pequena Yasmim Sophia morreu de traumatismo craniano. Inicialmente, a morte era tratada como acidente doméstico, mas o caso deu uma reviravolta após o laudo cadavérico do Instituto de Medicina Legal (IML) constatar que o óbito ocorreu decorrente de ação humana. 

O Correio obteve acesso às informações presentes no laudo. Yasmim apresentava cinco marcas de hematomas no pescoço, supostamente causadas por dedos e na parte frontal da coxa; lesão no olho direito; fraturas nas costas, no crânio e no ombro; e feridas na região das nádegas, com resquícios de fezes.

Em depoimento à polícia, o padrasto afirmou que Yasmim teria morrido após o outro filho da mulher, de 2 anos, derrubar a criança acidentalmente ao tentar tirá-la do berço. A versão não convenceu os policiais. Os dois negaram as acusações e alegaram que nunca bateram ou agrediram a bebê. Em audiência de custódia, a mulher declarou que estava grávida de 1 mês do marido. A jovem é mãe de outro menino, de 5 anos, fruto de um relacionamento anterior. O casal permanecerá preso por 30 dias e deverá prestar novo depoimento. “As investigações continuam para saber se foi homicídio ou maus-tratos que resultaram em morte. Uma coisa podemos confirmar: não foi acidente. Mataram a Yasmim”, declarou o delegado-chefe da 26ª DP, Rodrigo Larizatti.

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