Morreu, nesta sexta-feira (7/5), o pioneiro Carlos Wagner Tolentino, aos 81 anos. Ele teve uma parada cardiorrespiratória em casa, no Jardim Botânico. Mineiro de Belo Horizonte, o advogado e servidor aposentado saiu da capital mineira para iniciar uma nova vida em Brasília. Em 1960, ele adotou o quadradinho como novo lar. “Veio com a cara e a coragem. Os pais dele tinham uma vida boa lá, mas ele largou tudo e veio para tentar a vida. Morou até na rodoviária, porque na época não tinha nem hotel”, conta a professora Carla Tolentino, 50 anos, filha do pioneiro.
O neto do pioneiro fala sobre os principais ensinamentos que recebeu do avô e da relação próxima entre os dois. “Ele sempre esteve muito presente na minha vida e me apoiou em todas as decisões. Financiou minha faculdade, deu meu primeiro carro e, mesmo sendo de uma geração tradicional, foi o primeiro a aceitar minha sexualidade, dizendo que me amava do jeito que eu sou”, desabafa Carlos Tolentino Neto, 28 anos, advogado. “Minha mãe o presenteou dando o meu nome igual ao dele”, diz.
Além da capital, outra paixão na vida do aposentado era o esporte. “Meu pai foi um dos fundadores do clube de futebol do Ceub e também foi diretor do time do Gama. Inclusive, ele vai ser cremado com a blusa do Cruzeiro, que era a maior paixão dele”, revela a filha Carla.
Carlos teve uma carreira respeitada como professor de matemática e administrador. “Começou na fundação educacional. Depois, foi diretor do [Centro de Ensino Fundamental] Caseb; administrador do Nilson Nelson e do Ginásio Cláudio Coutinho durante muito tempo. Também foi diretor e fundador do Clube dos Pioneiros”, detalha a filha.
O pioneiro também trabalhou no Centro Universitário de Brasília (UniCeub) como professor e, posteriormente, atuou como coordenador da pós-graduação. Carlos Tolentino deixa três filhos, três netos e a esposa de 76 anos. Ele será cremado às 18h deste sábado, em Valparaíso (GO).
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