"Não tem explicação". Essa é a resposta da família que perdeu a copeira Aureni Constância de Souza Rodrigues, 48 anos, morta a facadas pelo próprio filho, Reinan Rodrigues de Souza, 22, na madrugada de sábado (15/5). A mulher foi enterrada no cemitério de Brazlândia, na tarde desta segunda-feira (17/5), na presença de cerca de 70 pessoas divididas entre familiares, amigos e vizinhos. O crime aconteceu na Quadra 71 de Águas Lindas de Goiás (GO) — distante cerca de 51km de Brasília. Reinan segue preso.
Ao Correio, parentes e amigos contaram sobre a tragédia. O funcionário público Tiago Vivaldo, 53, primo da vítima, afirmou que o rapaz nunca apresentou nenhum sinal de agressividade ou comportamento fora do normal. "Um menino muito tranquilo. Nunca mostrou nada de errado", define. “Nunca deu sinais de nenhum problema”, conta.
O crime
Aureni Constância foi atingida com golpes de martelo e esfaqueada em seguida. O filho alegou aos policiais que escutou “uma voz” pedindo para que ele matasse a mãe. “Depois, com a mãe já caída no chão, ele a atacou e a atingiu contra sua região torácica, usando de peso usado para fazer musculação, do tipo barra fixa para supino”, afirmou, ao Correio, o delegado à frente do caso, Cléber Martins, titular da 17ª DRP de Águas Lindas.
A irmã de Reinan acordou assustada com os barulhos e viu o momento em que o jovem agredia a mãe. A adolescente tentou salvá-la, mas foi esganada e asfixiada pelo irmão. “Ela conseguiu se desvencilhar e saiu em busca de socorro, acionando vizinhos e a polícia, que chegou ao local e o prendeu”, detalhou o investigador.
Preso, o homem confessou que tinha a intenção de atear fogo contra o corpo da própria mãe e enterrá-la em uma cova que ele havia preparado no quintal de casa. Reinan foi conduzido à Delegacia de Polícia de plantão e autuado pela prática dos crimes de homicídio doloso qualificado consumado (qualificadoras do uso de recurso que impediu a defesa da vítima e feminicídio) e tentativa de homicídio qualificado (feminicídio tentado).
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