Pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) ouviram música cantada pelos profissionais de saúde da unidade de terapia intensiva (UTI) durante videochamada com parentes. A ação desta quinta-feira (20/5) é feita a cada quarta no hospital.
Os trabalhadores da unidade tocaram canções como Sozinho, de Caetano Veloso, e É o amor, de Zezé Di Camargo & Luciano. Segundo a infectologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Ana Helena Germoglio, a iniciativa ajuda a motivar os pacientes a melhorarem o quadro de saúde da covid-19.
“É um momento de descontração para os pacientes e para gente que faz parte da equipe de fisioterapia, psicologia, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem. Todos participam deste momento de alívio no sofrimento dos pacientes, já que não podem receber visita presencial da família. Eles se sentem muito acolhidos pela equipe, pois mostramos que eles são importantes para a gente também. Isso faz acreditar cada dia mais que o serviço na UTI compensa”, afirma Ana Helena.
A médica do hospital destaca a relação da equipe com os parentes dos enfermos acamados. “Para a família é muito importante ter não só a notícia por telefone, mas a visualização da melhora clínica do paciente. É importante que a gente cuide da parte emocional deles, porque o paciente tem que sair totalmente recuperado”, acrescenta a infectologista do Hran.
O fisioterapeuta da UTI Fernando Lima – que tocou violão e cantou aos enfermos com a doença – explica como é a interação com os pacientes na hora de cantar as músicas. “A gente toca uma música que emociona, e muitos deles agradecem e alguns chegam às lágrimas e tentam cantar juntos e bater palma. A equipe fica agradecida, porque, às vezes, é um paciente que ficou muito grave e conseguiu se recuperar. Quando a gente consegue associar isso à videochamada, a família demonstra uma emoção extrema, porque, muitas vezes, é uma surpresa”, relata.
“Quando os pacientes ouvem as músicas, eles tentam se mexer, bater palma e acompanhar com o ritmo dos braços e das pernas, mexem a cabeça, tentam cantar. Isso traz uma interação do (sistema) sensório com o motor, que é o que a gente busca para a recuperação dos movimentos, porque esses pacientes ficam muito tempo sob sedativos e em ventilação mecânica. Depois, tem muitas sequelas motoras. A gente precisa desse estímulo para que os movimentos possam voltar”, acrescenta o fisioterapeuta.
Confira um vídeo da ação:
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