Prevenção

Maio Laranja combate exploração sexual de crianças e adolescentes

Para orientar pais e familiares, a Secretaria de Justiça divulgou uma cartilha virtual com orientações de como prevenir casos de violência e onde buscar ajuda

Foi lançada, nesta terça-feira (18/5), a campanha Maio Laranja, que reforça a proteção no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. Na capital do país, o Centro Integrado 18 de Maio, aberto pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) na 307 Sul para oferecer serviços gratuitos, é referência no tema. O objetivo do centro é realizar atendimentos para crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência sexual.

O Centro Integrado encaminha os atendidos para diversos serviços públicos da saúde, defensoria pública, assistência social, delegacia de proteção à criança e adolescente, promotoria de defesa da infância e juventude. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressalta que o trabalho realizado por essa equipe é essencial, pois oferece um acolhimento humanizado. Contudo, destaca que a população deve auxiliar na prevenção dos casos.

O atendimento no Centro 18 de Maio é agendado, geralmente, pelo Conselho Tutelar, ou por demandas espontâneas e de outros canais. O centro é composto por assistentes sociais, pedagogos e psicólogos capacitados para o atendimento e escuta especializada. Ao chegar ao local, a família é recebida por duas técnicas, uma de escuta especializada e outra de atendimento psicossocial.

Visando uma melhor estrutura de atendimento, a Sejus, em abril, por meio da Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes (Subpca), assinou um acordo de cooperação técnica com a Vara da Infância e Juventude para permitir a troca de conhecimentos técnicos e promover atividades comuns na proteção dos direitos de crianças e adolescentes.

Cartilha de orientação

Motivado pela data, a Sejus divulgou, nesta terça-feira (18/5), a cartilha virtual Diálogo: o caminho da prevenção. O material reúne informações e dicas para as famílias conversarem com as crianças e adolescentes sobre a violência sexual, com destaque para as orientações que não podem faltar dentro de casa.

O material pontua que os responsáveis precisam priorizar uma comunicação respeitosa e dar importância a tudo que as crianças e adolescentes relatam. Assim como avaliar mudanças de comportamento como choro excessivo, medo, ansiedade, isolamento social, conhecer os "amigos virtuais" e acompanhar as crianças e adolescentes no uso da internet, para conhecer os sites e as atividades on-line que eles realizam, prestando orientação para o uso seguro das plataformas.


Entenda

A data de prevenção foi escolhida em homenagem à Araceli Cabrera Sánchez Crespo, que, em 18 de maio de 1973, aos 8 anos, foi sequestrada, drogada, violentada e assassinada. O crime aconteceu em Vitória e causou comoção nacional. Durante as investigações, dois homens de famílias influentes da sociedade capixaba chegaram a ser condenados em 1980, contudo, em 1991 foram absolvidos. O episódio motivou o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes a incentivar ações de alerta e conscientização sobre o tema em todo o país.

Como denunciar

Em caso de suspeita de violência contra crianças e adolescentes procure o Conselho Tutelar mais próximo ou entre em contato pelos telefones 125, Disque 100 ou Disque 190.

Também é possível procurar ajuda na Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA): SPO, Lote 23, Conjunto D - Ed. do DPE - Complexo da PCDF. 

Delegacia Eletrônica (https://www.pcdf.df.gov.br/servicos/delegacia-eletronica) ou pelo número 197

Centro 18 de Maio, endereço: EQS 307/308, ao lado do posto de combustíveis. Os atendimentos devem ser agendados pelos telefones (61) 3391-1043 e 99157.6065.

As demais 31 delegacias das regiões administrativas também atendem as demandas.