pandemia

Covid-19: 8 em cada 10 pacientes que morreram tinham comorbidade

Maioria das pessoas que morreram em decorrência da infecção por coronavírus eram cardiopatas

Correio Braziliense
postado em 01/06/2021 15:25 / atualizado em 01/06/2021 15:25
Mais de 60% dos pacientes que morreram tinha alguma cardiopatia -  (crédito: Miguel Sdhincariol/AFP - 26/3/21)
Mais de 60% dos pacientes que morreram tinha alguma cardiopatia - (crédito: Miguel Sdhincariol/AFP - 26/3/21)

As cardiopatias, como hipertensão e insuficiência cardíaca, estão entre as principais comorbidades que acometiam 61% dos pacientes que morreram no Distrito Federal em decorrência da infecção pelo coronavírus. Ao todo, 82,8% das 8.670 vítimas da covid-19 na capital federal tinham doenças pré-existentes.

"São pessoas que têm tendência a ter covid mais graves. Quando você tem outras doenças aumentam as chances de complicações e de irem a óbito, do que se comparar com pessoas sem comorbidades", pontua o infectologista Julival Ribeiro.

Os dados constam do último boletim epidemiológico divulgado pela secretaria de Saúde nessa segunda-feira (31/5). Depois desse tipo de comorbidade, as doenças metabólicas, como a diabetes, são o segundo tipo de comorbidade mais frequente entre casos de óbito por covid-19: somam 37,3% das notificações.

Em seguida, aparecem a obesidade, que responde por 14,8% das comorbidades entre os mortos pela doença. As pneumopatias são outro fator recorrente: 10,6% tinham essa condição. "Cada doença a mais que a pessoa tenha, cada sistema comprometido, tudo vai se somando", diz Ribeiro.

Contudo, a doença também é um risco para pessoas saudáveis, já que 81,8% dos pacientes diagnosticados não tinham doença anterior. Dessas, 17,2% morreram pela infecção.

Vacinação

A vacinação dos pacientes com comorbidades começou no início de maio na capital federal com as pessoas abaixo de 59 anos. No momento, a faixa etária de imunização para esse grupo vai até os 25 anos, mas o governo local pretende ampliar essa cobertura para maiores de 18 anos com a chegada de uma nova remessa de vacinas.

Segundo o balanço da secretaria de Saúde, 120.099 pessoas cadastradas na pasta com alguma doença crônica receberam a 1ª dose de algum dos imunizantes aplicados no DF. No entanto, apenas 1,4 mil tomaram o reforço até agora.



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