COVID-19

GDF tem interesse na Covaxin, mas espera consórcio para adquirir doses

Secretário de Saúde afirma que as propostas de venda da Índia serão analisadas, mas negociação será feita pelo Consórcio Brasil Central

Talita de Souza
postado em 07/06/2021 21:58 / atualizado em 07/06/2021 21:59
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

Com importação liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última sexta-feira (4/6), a vacina Covaxin, da Índia, deve ser um dos imunizantes utilizados no combate à covid-19 no Distrito Federal (DF). O secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, afirmou, em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (7/6), que, "logicamente", propostas do país indiano serão ouvidas e analisadas.

A negociação será feita por meio do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central (BrC) — formado pelos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins — e não diretamente entre o Distrito Federal e a Índia.

No entanto, tanto a aquisição da Covaxin quanto da Sputnik V, da Rússia, não são mais vistas com entusiasmo pelo Governo do Distrito Federal (GDF), após a imposição de restrições da Anvisa para a importação e o uso dos imunizantes no país. O diretor da Anvisa deixou claro, na decisão que autoriza a importação excepcional das vacinas, que apenas 4 milhões de doses poderão ser compradas. Com a divisão entre os estados do consórcio, o quantitativo destinado ao DF será menor do que o esperado.

O secretário chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, lamenta a restrição. “Infelizmente, da forma com que a Anvisa liberou essas vacinas, com limite de aquisição de 1% da população nacional, chegará no DF uma quantia aquém do que a gente esperava, do que o governador visava quando assinou o contrato”, declara Rocha. Apenas da vacina russa, o Consórcio Brasil Central negociava 28 milhões de doses.

Consórcio pede extensão da importação emergencial de vacinas

O Consórcio Brasil Central entrou, na manhã desta segunda-feira (7/6), com um pedido para que a Anvisa estenda a decisão de importação feita na sexta-feira (4/6), direcionada aos governadores do Nordeste, para o grupo.

Pelas redes sociais, o vice-governador Paco Britto afirmou que o grupo de governadores que compõem o consórcio se reunirão, na manhã de terça-feira (8/6), “para tratar sobre os próximos passos para aquisição excepcional de vacinas”.

Se decidirem prosseguir com a compra dos imunizantes, os governantes também terão que cumprir outras imposições feitas pela Anvisa, como importação de doses feitas por fábricas vistoriadas por técnicos da agência brasileira e testagem e aprovação de todos os lotes importados pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde.

As vacinas também não deverão ser aplicadas em grávidas, lactantes, menores de 18 anos, mulheres em idade fértil que desejam engravidar nos próximos 12 meses e pessoas com enfermidades graves ou não controlados (cardiovascular, respiratória, gastrointestinal, neurológica, insuficiências renal e hepática).

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