Crimes de Lázaro

Busca por Lázaro Barbosa entra no 12º dia sem pistas do criminoso

Desde 9 de junho, quando matou uma família em Ceilândia, no DF, Lázaro escapa do cerco policial que reúne 270 homens, cães farejadores, helicópteros e drones com infravermelho

Jéssica Moura
postado em 20/06/2021 10:57
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Já são 12 dias de busca pelo suspeito de assassinar a família Vidal em Ceilândia, no Distrito Federal. Agora, a caçada a Lázaro Barbosa, 32 anos, tem o reforço de cães que ajudaram nas buscas por vítimas soterradas na tragédia de Brumadinho, em 2019. A cadela Cristal, treinada para encontrar pessoas vivas ou mortas, sem necessidade da referência de objetos pessoais dos procurados, entrou em ação na manhã deste domingo (20/6).

Às 7h, as equipes que vinham atuando nas últimas 24h trocaram de turno, e parte do efetivo das forças de segurança do Distrito Federal e de Goiás se concentrou na base da força-tarefa montada na Escola Municipal Alto da Boa Vista, no distrito de Girassol, Cocalzinho (GO).

Ao longo da BR-070, que corta a região, ainda estão as barreiras da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Durante a madrugada, as buscas prosseguiram, mas não há notícia de que Lázaro tenha sido visto ou invadido chácaras.

Além disso, vizinhos do pai de Lázaro, que deixou a própria casa depois do início da caçada, relatam que ele retornou à residência para cuidar das plantas, fechou tudo e saiu.

A força-tarefa, montada para procurar pelo fugitivo, continuou com os trabalhos no sábado (19/6), mas não encontraram Lázaro. Na sexta (18/6), o secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, disse que chegou a ver o foragido a uma distância de 1km de onde estava.

Além das buscas por terra e com helicópteros e drones, fiscais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) verificaram os carros que passavam pela BR-070. O receio é que o homem esteja dentro do porta-malas.

Ainda no sábado, religiosos denunciaram truculência policial durante abordagens em terreiros e templos de cultos de matriz africana em Edilândia, Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás. Desde que Lázaro passou ser associado de forma preconceituosa aos cultos das religiões de matriz africana, as lideranças e frequentadores têm sido alvo de intolerância religiosa.

Entenda o caso

Lázaro Barbosa é procurado desde 9 de junho, apontado pela Polícia Civil do DF como o autor da chacina da família Vidal, em Ceilândia (DF). As vítimas foram enterradas na segunda-feira (14/6), no cemitério de Taguatinga. Durante o sepultamento, parentes e amigos pediam por justiça.

Desde então, Lázaro pratica uma sequência de crimes. Durante a fuga, ele invadiu várias chácaras da região do Entorno, e baleou quatro pessoas. Na terça-feira (15/6), fez um casal e a filha adolescente refém em uma propriedade na área rural de Edilandia.

Uma das vítimas conseguiu avisar a polícia, que se deslocou para a área. Houve uma troca de tiros, em que um policial militar de Goiás ficou ferido. Lázaro, de novo, conseguiu fugir. A família foi resgatada e o policial atingido está fora de perigo.

Enquanto isso, moradores de Girassol e Edilandia, região onde, segundo a polícia, Lázaro Barbosa se esconde, temem que ele cometa mais crimes. Fazendeiros e trabalhadores rurais deixaram chácaras da região com medo do foragido, que já baleou outras três pessoas em outra propriedade.

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