Temperatura

Primeira semana do inverno teve temperatura mais baixa do ano no DF

No domingo (27/06), o Gama e a região de Águas Emendadas, em Planaltina, registraram 6ºC. Especialistas alertam para os cuidados com idosos e crianças nesse período

Rafaela Martins
postado em 30/06/2021 06:00
Ressecamento da pele e irritação nos olhos são alguns dos desconfortos que o brasiliense enfrenta quando as temperaturas caem -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Ressecamento da pele e irritação nos olhos são alguns dos desconfortos que o brasiliense enfrenta quando as temperaturas caem - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

No último dia 21 de junho, o inverno começou, oficialmente, na capital federal. A estação que marca o período seco e frio no cerrado chegou para tirar cobertores e casacos do guarda-roupa. As temperaturas mais baixas acontecem pela madrugada, embora, durante o dia, fiquem mais altas e faça calor. Foi assim no primeiro fim de semana do inverno. As regiões de Planaltina e Gama registraram mínima de 6ºC de sábado para domingo e, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Distrito Federal teve o dia mais frio do ano.

Nos próximos dias, o DF deve registrar mais temperaturas baixas. De acordo com o Inmet, a máxima nesta semana chega aos 26ºC e a mínima, aos 7ºC. A umidade deve permanecer entre 25% e 90%. A Defesa Civil recomenda evitar a prática de atividades ao ar livre no período das 10h às 17h, aumentar a ingestão de líquidos, não tomar banhos prolongados com água quente e muito sabonete, descartar o uso excessivo de ar-condicionado.

O analista financeiro Pedro Henrique Oliveira, 23 anos, morador de Planaltina, afirma que ele e os pais sentiram na pele a mudança de tempo. Porém quem sofreu mais foi o irmão, com crises de asma. “Eu não tenho nenhuma patologia, mas o meu irmão tem. Há duas semanas, a asma dele tem atacado muito, creio que a seca e o frio são agravantes. Quando estou em casa, sempre fico de blusa e calça. Porém, neste fim de semana, usamos todos os cobertores da casa. De sábado para domingo, fez bastante frio, foi surreal. Não lembro a última vez que dormi todo empacotado. Até gosto de frio, mas desse jeito está demais”, destacou.

A palestrante Elke Pimentel, 40, sentiu que em Planaltina fez mais frio em relação a outras regiões do DF. “Eu tenho rinite, mas ainda não atacou. De sexta para sábado, acordei com uma tremedeira que nunca tinha sentido. Coloquei três calças, dois agasalhos, duas meias, três mantas de lã e edredom para conseguir dormir. Mas, fora isso, quando me desloquei para outras regiões, parecia que o tempo estava mais ameno”, avalia a moradora.

Além disso, a dificuldade em respirar e a boca seca são sensações que, embora conhecidas dos brasilienses, se acentuam neste período. A baixa umidade relativa do ar preocupa autoridades. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), umidades abaixo de 30% requerem cuidados especiais. É nesta época do ano que há maior índice de problemas respiratórios, complicações alérgicas e o ressecamento de mucosas, além de sangramentos pelo nariz, desidratação da pele e irritação dos olhos.

Complicações

A infectologista Ana Helena Germoglio explicou que, quando exposto a mudanças climáticas, o corpo reage para manter a temperatura estável, mas que, muitas vezes, as pessoas tendem a deixar os locais fechados, e isso pode ajudar na proliferação de vírus e bactérias.

“Nem todos sofrem com o frio da mesma maneira. Os idosos encontram-se mais vulneráveis, devido ao estado físico, e por sofrerem com outras doenças. Para as pessoas que apresentam vias áreas mais sensíveis, como bebês e asmáticos, pode ocorrer uma reação exacerbada, com o aumento da congestão nasal, acabando por piorar as rinites e asmas”, explica a médica.

Como ajudar?

No DF, mais de duas mil pessoas declararam-se em situação de rua. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), desse total, 152 são crianças e 59, adolescentes. Quem tem roupas de frio e cobertores guardados em casa pode fazer a diferença para essas pessoas. Saiba como entrar em contato com algumas redes que recolhem colaborações para doar aos necessitados no período do frio no DF.

Campanha Rede Solidária IFB ‘Que tal aquecer o coração de alguém?’

Data: de 1º a 30 de junhoAtendimento nos campi: das 9h às 17 horasE-mail: redesolidaria@ifb.edu.br

Pontos de recebimento das doações

Reitoria — SAUS Quadra 2, Bloco E, Edifício Siderbrás
IFB Câmpus Brasília — Via L2 Norte, SGAN 610 (610 Norte), Módulo D, E, F e G;
IFB Câmpus Ceilândia — QNN 26, área especial, entre a Faculdade de Ceilândia da UnB e a linha do metrô;
IFB Câmpus Estrutural — Área Especial n° 01, Quadra 16, Cidade do Automóvel/SCIA;
IFB Câmpus Gama — Lote 01, DF 480, Setor de Múltiplas Atividades;
IFB Câmpus Planaltina — Rodovia DF – 128, km 21, Zona Rural de Planaltina;
IFB Câmpus Recanto das Emas — Avenida Monjolo, Chácara 22, Núcleo Rural Monjolo;
IFB Câmpus Riacho Fundo — Av. Cedro, AE 15, QS 16 – Riacho Fundo I;
IFB Câmpus Samambaia — Rodovia DF-460 –Subcentro Leste, Complexo Boca da Mata, Lote 1;
IFB Câmpus São Sebastião — Área Especial 2, S/N, Bairro São Bartolomeu;
IFB Câmpus Taguatinga — QNM 40, Área Especial 01, às margens da BR 070

Campanha do Agasalho Solidário 2021: recebe doações no Palácio do Buriti e em todos os batalhões dos bombeiros, até hoje.

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