Entrevista

Mais armas ilegais circulando aumenta possibilidade de mortes, diz secretário

Em entrevista ao CB.Poder, secretário de Segurança Pública do DF afirmou que não há um estudo que relacione o aumento de armas com o de violência Porém, reconheceu o perigo do armamento

Samara Schwingel
postado em 20/07/2021 14:37 / atualizado em 20/07/2021 23:20
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/DA Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/DA Press)

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou, nesta terça-feira (20/7), que com uma maior circulação de armas ilegais na cidade há a possibilidade de que elas sejam utilizadas para matar pessoas. Em entrevista ao CB Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília — o secretário também falou ao jornalista Carlos Alexandre de Souza sobre os índices criminais da capital federal.

"No DF não temos um estudo que relaciona o aumento de armas com o aumento de violência. Quanto mais armas circulando há a possibilidade de que elas sejam utilizadas para matar alguém também", reconheceu Julio. Como medida para combater o porte e a posse ilegal de armas, o secretário citou a Operação Quinto Mandamento, que completa um ano de existência no final de julho. 

"Atuamos em dez regiões administrativas do DF onde temos o maior número de homicídios. As forças integradas trabalham em locais onde há tráfico de drogas, consumo e venda irregular de bebidas alcoólicas", disse. 

Homicídios e outros crimes 

Segundo o secretário, nos seis primeiros meses de 2021, houve uma redução de 13% no registro de homicídios na capital federal — em comparação com o mesmo período do ano passado. "Há um trabalho sendo realizado desde 2019. Este ano a gente segue reduzindo esses números", reforçou. 

Em relação aos feminicídios registrados no DF, Julio Danilo afirmou que, em 2020, houve uma redução de 47% desse tipo de crime quando comparado com 2019. Para ele, o resultado é reflexo das políticas públicas adotadas pelo governo. "Foi por um trabalho de prevenção. Todos os casos de feminicídio são estudados. E isso possibilitou que nós desenvolvêssemos políticas públicas", disse. 

Ele destacou que a intervenção e a denúncia são medidas que podem salvar e mudar as vidas das mulheres. 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação