Latrocínio

"Deveria pegar pena máxima", diz mulher de motorista de app sobre condenação

Roosevelt Albuquerque da Silva, 31 anos, foi vítima de latrocínio após atender uma corrida, em 2 de dezembro de 2020. Pouco mais de oito meses depois do crime, a família não se conforma com a perda do trabalhador

Darcianne Diogo
postado em 30/07/2021 16:06
 (crédito: Redes sociais)
(crédito: Redes sociais)

Pouco mais de oito meses depois do assassinato do motorista de transporte por aplicativo Roosevelt Albuquerque da Silva, 31 anos, a professora Juliana Simplício, 35, e os dois filhos do casal, de 5 e 8 anos, não se conformam com a perda do trabalhador, que foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) em 2 de dezembro de 2020.

O acusado de cometer o crime, Whallyson Maicon Lima, foi condenado pela Justiça do DF a 23 anos de reclusão em regime inicial fechado. Em entrevista ao Correio, Juliana se diz inconformada com a decisão. “Sinceramente, acho que ele deveria pegar a pena máxima, pela forma como ele matou meu marido, sem piedade nenhuma. Meu esposo não reagiu ao assalto, mas mesmo assim mataram ele”, desabafou.

Morador do Jardim Botânico, Roosevelt havia começado a rodar pelo aplicativo há pouco mais de um mês para pagar o aniversário do filho caçula. A professora conta que os dois filhos sofrem muito pela perda do pai. “Está chegando o Dia dos Pais e os meninos não querem assistir televisão para não ver as propagandas. Eles eram apegados demais ao pai e cuidava deles para eu ir trabalhar”, contou.

Whallyson foi condenado pelos crimes de latrocínio, corrupção de menores e porte ilegal de arma de fogo. Como consta nos autos do processo, o réu ofereceu R$ 1 mil ao adolescente para praticar o crime. Para o juiz, a conduta do réu “merece reprovação social, dado seu pleno conhecimento da ilicitude do fato, sendo-lhe exigível comportamento diverso”. Além disso, segundo o magistrado, as circunstâncias do fato chamam a atenção, considerando o próprio comportamento do réu, “que agiu com desenvoltura na prática da infração, demonstrando sentimento de intrepidez e impunidade”.

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