Cultura

Museu de Arte de Brasília expõe mostra avaliada em R$ 6 milhões

Batizada de "Obras-primas do MAB", a mostra traça um panorama da arte moderna e contemporânea brasileira por meio de 45 peças. Algumas nunca foram expostas ao público

O Museu de Arte de Brasília (MAB) amplia o acervo em exposição com uma coleção de 45 obras-primas. Algumas nunca foram expostas ao público e apenas o conjunto exibido está avaliado em mais de R$ 6 milhões. A exposição pode ser vista a partir desta quarta-feira (25/8) e tem abertura oficial nesta sexta (27/8).

Batizada de Obras-primas do MAB, a mostra traça um panorama da arte moderna e contemporânea brasileira por meio desse recorte da coleção do museu. A curadoria é de Marcelo Gonczarowska Jorge, gerente do espaço, que gesta essa exposição antes mesmo de o espaço ser aberto ao público, em maio deste ano.

Serão expostas peças de Roberto Burle Marx, Siron Franco, Cildo Meireles, Tunga, Roberto Burle Marx, Ernesto Neto, Amílcar de Castro, Athos Bulcão, Beatriz Milhazes, Alfredo Volpi, Lygia Pape, Arthur Luiz Piza, Emanoel Araújo e Frans Krajcberg.

“Essa exposição foi montada dentro da nossa política de valorização das obras do museu e de aproximação entre arte e público. O MAB possui uma das mais importantes coleções de arte brasileira do país. Por isso, é fundamental que os brasilienses e os visitantes conheçam, reconheçam e se orgulhem do patrimônio reunido pela cidade ao longo de seis décadas”, explica Marcelo.

Peças inéditas

A curadoria de Marcelo buscou obras do acervo do MAB que nunca tinham sido expostas ou que raramente foram exibidas. Nesse garimpo, Signos Desencadeados (1963), de Yolanda Mohalyi, foi uma das selecionadas. Mohalyi é um das pioneiras do abstracionismo informal no Brasil e seu papel e sua memória têm sido resgatados nas últimas décadas.

Foram retiradas das reservas técnicas algumas obras singulares dos mais importantes artistas brasileiros do século 20. Uma das raras esculturas é de Athos Bulcão, em que ele utiliza de técnica mista. O exemplar do MAB é único, foi produzido em 1989 para a exposição Armadilhas Indígenas, a pedido do curador Bené Fonteles.

“O MAB também possui uma grande coleção de fotografia brasileira, raramente exposta, mesmo antes do fechamento do museu, em 2007. De modo a sanar essa injustiça, são apresentadas, na exposição, obras de Mario Cravo Neto e Claudia Andujar, ambos considerados alguns dos fotógrafos brasileiros mais importantes do século 20”, aponta o curador,

Algumas obras foram restauradas nesse intervalo, e estão à mostra pela primeira vez desde então. Um dos destaques é Signos II (1971), de Iberê Camargo, restaurado por Marcos Faria, servidor da Secec. A peça, além de ser um dos mais belos exemplares da obra do artista em coleções públicas, é uma das pinturas mais valiosas do MAB.

A exposição reconhece a importância e a contribuição da arte popular. Além de um grande exemplar de escultura cerâmica de Antônio Poteiro, conta com uma preciosa obra de Conceição dos Bugres. De origem indígena, a artista mudou-se ainda criança com a família para Mato Grosso do Sul, fugindo das perseguições contra os povos originários que ocorriam no Rio Grande do Sul, onde nasceu. Seu trabalho caracteriza-se pela identificação de formas humanas em tocos de madeira, as quais ressalta por meio da talha recoberta com cera tingida.

Serviço

Endereço: Hall da recepção e Galeria do 1º pavimento do Museu de Arte de Brasília — MAB
Visitação: todos os dias, menos terças-feiras
Horário: 9h a 21h
Telefone: 3306-1375
E-mail: mab@cultura.df.gov.br
Visitas guiadas: o MAB oferece visitas guiadas gratuitas. Não é necessário agendamento. Basta solicitar na recepção.
Classificação: livre

Saiba Mais