Violência

Pela 3ª vez, Justiça nega liberdade a advogado que atropelou mulher no Lago Sul

Pela terceira vez, advogados de defesa entram com pedido na justiça. Paulo Ricardo Moraes Milhomem atropelou Tatiana Matsunaga no Lago Sul, após briga de trânsito

Rafaela Martins
postado em 08/09/2021 17:18 / atualizado em 08/09/2021 17:19
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

O advogado que atropelou uma mulher no Lago Sul após uma briga de trânsito, Paulo Ricardo Moraes Milhomem, teve o terceiro pedido para deixar a prisão indeferido pela justiça. A vítima e servidora pública Tatiana Machado Matsunaga, 40 anos, está internada no Hospital Brasília desde 25 de agosto, dia do crime.

Na noite de terça-feira (7/9), o desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Sebastião Coelho não aprovou a liminar solicitada pela defesa de Milhomem para que ele fosse colocado em liberdade provisória. Essa é a terceira vez que advogados do suspeito tentam retirá-lo da prisão.

O desembargador Coelho entendeu que o homem representa um risco à sociedade. “Há efetiva demonstração que a liberdade do paciente expõe em risco a garantia da ordem pública. No que concerne ao pedido de prisão domiciliar, como bem pontuou a decisão impugnada, o paciente não comprovou ser imprescindível aos cuidados especiais da criança, pois alegou em audiência de custódia que esta se encontra sob os cuidados de sua esposa”, declarou o desembargador.

Até a publicação desta reportagem, o Correio não conseguiu entrar em contato com os advogados de Paulo Ricardo.

OAB suspensa

Integrantes do Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) decidiram suspender por 90 dias o registro de Paulo Ricardo no dia 31 de agosto. Além disso, na noite de sexta-feira (3/9), o acusado foi transferido do 19ª Batalhão — onde ficam presos ex-militares e ex-bombeiros —, para o Centro de Detenção Provisória 2 (CDP 2), no Complexo Penitenciário da Papuda.

Sem o registro concedido pela OAB, a magistrada Leila Cury entendeu que o advogado não tinha mais o direito de permanecer preso na sala de Estado-Maior. Paulo foi encaminhado ao CDP 2, presídio que recebe presos recém-chegados da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) para cumprir a quarentena. Lá ele dividirá a cela com outros detentos.

 

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