Tentativa de homicídio

"Me agrediu várias vezes", conta irmã de homem que espancou o pai no DF

Aldinei Oliveira Souza, 29 anos, é acusado de bater e perfurar o pulmão do próprio pai, 56 anos. O crime ocorreu em agosto e, desde então, a vítima segue internada na UTI. O acusado está foragido

Darcianne Diogo
Edis Henrique Peres
postado em 21/09/2021 17:41 / atualizado em 21/09/2021 17:41
Foragido da polícia, Aldinei Oliveira de Souza, de 29 anos, é acusado de espancar o próprio pai, de 57 anos -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Foragido da polícia, Aldinei Oliveira de Souza, de 29 anos, é acusado de espancar o próprio pai, de 57 anos - (crédito: PCDF/Divulgação)

Em entrevista ao Correio, Taís Oliveira de Souza, 31 anos, irmã do homem acusado de espancar, perfurar o pulmão do pai, 56 anos, e deixá-lo internado em estado grave, contou que também quase foi agredida gravemente pelo familiar. Aldinei Oliveira Souza, 29, está foragido da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e foi indiciado por tentativa de homicídio.

O caso ocorreu na noite de 12 de agosto, no Assentamento 26 de Setembro. Aldinei teria pulado o muro e arrombado a porta da casa do pai. Em depoimento, a mãe do autor contou que, ao entrar na casa, o filho começou a agredir a vítima e só parou quando a irmã chegou com o marido ao imóvel. Aldinei fugiu em seguida e o pai, desacordado, foi encaminhado às pressas ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde passou por cirurgia.

Depois de espancar o pai, Aldinei foi até uma festa, como mostra um vídeo divulgado pela própria polícia. Na filmagem, ele aparece cantando e se divertindo em meio às pessoas. Sem se intimidar, o criminoso enviou ao celular da irmã um vídeo retirado da internet com cenas pesadas, em que mostra um homem caído ensanguentado com a língua decepada. À irmã, o homem afirmou que iria fazer o mesmo com a família, caso os parentes o denunciassem.

Para a irmã, Aldinei tem uma personalidade mimada. “Ele nunca foi responsável. Dizia que se meu pai separasse da minha mãe por causa de mulher, ele ia bater nele. O último contato que tivemos foi no dia 13 de agosto. Ele ligou para a minha mãe e para mim, dizendo que estava arrependido. Disse que acabou com a vida dele, mas que Deus não ia deixar ele morrer.” Taís confessou, ainda, que o homem chegou a agredi-la. “Ele quis me bater com uma garrafa de bebida. Ia me bater no rosto, mas eu levei a mão para me defender. Fraturei o cotovelo dessa vez. Em outro dia, quis me agredir com um pedaço de pau”, completou.

Na tentativa de se justificar, Aldinei alegou que batia no pai para tentar defender a mãe, que sofria violência doméstica pelo companheiro. Ainda em agosto, o acusado disse à polícia que entrou em contato com Taís para falar que a genitora estava sendo agredida pelo pai. A versão, no entanto, foi desmentida pela própria irmã.

Dia do crime


A vítima permanece internada na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital desde 13 de agosto. “Nosso pai está estável, mas na UTI. Ontem (segunda-feira) fizemos uma visita a ele, que está acordado, mas não consciente, devido à medicação para controle da dor”, relatou Taís.

No dia das agressões, foi a irmã que acionou a ambulância. “Quando chegamos (eu e o marido), vimos que o estado do pai era crítico. Ele estava com uma coloração diferente. Ele (Aldinei) ficou lá gritando que não aguentava mais isso. Ele arrastou meu pai pela casa, quando percebeu que era grave. Tentou jogar um balde de água nele para que ele acordasse, mas não adiantava. Quando ele viu o Samu chegando, pensou que era a polícia e fugiu”, detalhou.

A PCDF divulgou a foto de Aldinei para que a população ajude a localizar o paradeiro. Quem souber de alguma informação, pode ligar para o 197, da Polícia Civil. A corporação garante o sigilo.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação