O homem de 32 anos preso nesta segunda-feira (18/10) em Samambaia após ser acusado de manter uma jovem de 19 anos em cárcere privado e estuprá-la teria dito à vítima, enquanto a mantinha privada de liberdade, que "queria ter um filho com ela". Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a vítima afirmou que matinha uma amizade de seis anos com o homem e que não notava ações violentas por parte dele. O acusado passará por audiência de custódia nesta quarta-feira (20/10) e a PCDF aguarda o resultado da audiência e laudos do IML para concluir inquérito.
O homem cumpria prisão domiciliar por roubo. Teria, também, uma investigação de estupro de vulnerável contra ele. O caso teria ocorrido em 2020 e a vítima seria uma criança com menos de 14 anos. A 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) investiga o caso.
O delegado-adjunto da 26ª DP (Samambaia Norte), Rodrigo Carbone, que cuida do caso do cárcere privado de Samambaia, afirma que a vítima foi encaminhada para realizar exames no Instituto Médico Legal (IML). "O resultado preliminar deu inconclusivo, mas isso não quer dizer que não ouve violência, até porque a vítima tomou banho depois das agressões", diz. O delegado vai esperar os laudos do IML e deve ouvir o acusado antes de encerrar o inquérito. O homem não foi ouvido pois estava sob efeito de álcool no dia em que foi preso.
Segundo o delegado, a jovem e o homem mantinham uma amizade de seis anos. "No sábado (16/10), ele a convidou para jantar e a levou para a casa dele. Lá, ele a trancou dentro do quarto e disse que queria ter um filho com ela. Ela ficou sem comer durante os dias em que esteve lá", contou Carbone.
O outro lado
O advogado de defesa do acusado, João Lippelt Moreno, afirma que desconhece o caso de estupro de vulnerável de 2020. Sobre o caso de Samambaia, ele ressalta que a prisão em flagrante do homem não tem fundamento e adianta que vai pedir e sustentar a liberdade provisória dele durante a audiência de custódia. Em nota, a defesa do homem informou que pediu um habeas corpus em favor do acusado e aguarda a resposta da Justiça.
Além disso, o advogado afirma que o acusado e a jovem mantinham uma relação amorosa "sem rótulos", mas que ela não ficou privada de liberdade durante o fim de semana. A defesa afirma que a jovem já estaria grávida do acusado e queria interromper a gestação. Segundo o advogado, há provas e conversas da vítima que serão apresentadas às autoridades para provar o lado do homem.
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