Justiça

Bombeiro que atirou em direção a PM em bar tem prisão preventiva decretada

Briga entre bombeiro e PM começou depois que o policial, que aguardava para usar o banheiro do estabelecimento, se queixou da demora do bombeiro e o chamou de "cagão"

Darcianne Diogo
postado em 03/11/2021 17:05 / atualizado em 03/11/2021 17:06
Caso aconteceu na tarde deste domingo em um bar do Jardim Botânico -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Caso aconteceu na tarde deste domingo em um bar do Jardim Botânico - (crédito: Material cedido ao Correio)

O bombeiro acusado de tomar a arma de um policial militar e atirar em direção a ele após uma discussão em um bar teve a prisão flagrante convertida em preventiva realizada na segunda-feira (1º/11) na Auditoria Militar do Distrito Federal. Klaus Carvalho Valadares, 44 anos, deve ser encaminhado ao 19º Batalhão de Polícia Militar, mais conhecido como Papudinha.

A briga entre o bombeiro e o PM aconteceu na tarde deste domingo (31/10), no Jardim Botânico, e começou depois que o policial, que aguardava para usar o banheiro do estabelecimento, se queixou da demora do bombeiro e o chamou de “cagão”. Vídeo gravado por testemunhas registraram parte do ocorrido.

Nervoso, o bombeiro saiu do banheiro e os dois iniciaram a discussão. O bombeiro então tomou a arma do PM e efetuou cinco disparos contra ele. Nenhum dos tiros acertou o servidor.

Na decisão assinada pela juíza Nayrene Souza Ribeiro, a magistrada destacou a gravidade dos fatos e da conduta do bombeiro, tendo em vista que a situação aconteceu em um estabelecimento comercial, na presença de várias pessoas. “[...] Tendo o custodiado efetuado cinco disparos de arma de fogo contra a vítima, que se escondeu em um escritório, colocando em risco, portanto, inúmeras pessoas, clientes e funcionários da empresa, que estavam no local dos fatos”, frisou a juíza.

Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiros (CBM-DF) informou que tomou conhecimento de um fato ocorrido com um militar da corporação, no sábado (30/10), no Jardim Botânico. De acordo com a corporação, o servidor vem sendo acompanhado pela Corregedoria do CBM-DF. “Se confirmado a veracidade das informações, como de praxe, tomará todas as medidas administrativas cabíveis e necessárias para o caso. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal não compactua com nenhum comportamento incoerente aos preceitos dessa instituição.”

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