PANDEMIA

Covid-19: vacina e testagem são as melhores estratégia de controle da ômicron

Virologista e professor da Universidade de Brasília (UnB), Bergmann Ribeiro destaca as principais medidas de enfrentamento com a nova variante da covid-19, a ômicron

Cibele Moreira
postado em 02/12/2021 16:04
 (crédito: Minervino Júrnior/CB/DA Press)
(crédito: Minervino Júrnior/CB/DA Press)

O surgimento de uma nova variante da covid-19 despertou um alerta mundial sobre o controle da pandemia. No Distrito Federal, já foram identificados dois casos confirmados da ômicron. Na avaliação de Bergmann Ribeiro, virologista e professor da Universidade de Brasília (UnB), a vacinação e o aumento no número de testagem, a fim de conter a disseminação do vírus de pessoas contaminadas, são as melhores estratégias nesse momento. 

Em entrevista ao programa CB.Saúde — uma parceria do Correio com a TV Brasília —, Bergmann destacou à jornalista Carmen Souza que, devido ao alto poder de transmissibilidade do novo coronavírus, o país e o mundo devem registrar um aumento nas notificações de infecções pela ômicron. "Se apareceu uma pessoa com essa variante, provavelmente pode existir mais pessoas contaminadas com a ômicron", aponta o virologista. "O vírus domina muito rapidamente, e com a ômicron é a mesma coisa, e como ele replica mais a chace de infectar mais pessoas é muito maior", pontua. 

De acordo com ele, em pouco tempo a ômicron deve predominar e ultrapassar o quantitativo de pessoas contaminadas pela Delta — tipo que predominante na capital. Bergmann explica que ainda não se sabe muito sobre o impacto do vírus no organismo. "Não foi mostrado até agora que a ômicron pode ser mais grave ou não, mas provavelmente não deve ser em quem já foi vacinado. Por isso é importante as pessoas se vacinarem", destaca. 

Sobre o passaporte da vacina e a obrigatoriedade do imunizante, o especialista tem um posicionamento bem claro. "Muitos dizem que é uma escolha pessoal tomar vacina, mas se a minha escolha de não tomar a vacina me permite ficar infectado e infectado outras pessoas, essa minha escolha afetou a saúde de outra pessoa. Temos que pensar no coletivo, nós não vivemos isolados da sociedade", ressalta. 

As medidas de prevenção também são importantes, como o uso da máscara e distanciamento social. "É preciso ter cuidado, não dá para relaxar", afirma Bergmann. Um outro ponto que o professor defendeu durante a entrevista no CB.Saúde, é a testagem com o sequenciamento genômico também em pessoas assintomáticas. 

Veja a entrevista completa abaixo: 

 

 

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