Caso Wanderson

"Prisão é pouco para o que ele fez", diz tio da jovem morta por Wanderson

Após criminoso se entregar para a polícia na manhã deste sábado (4/12), os familiares das vítimas pedem justiça

Júlia Eleutério
postado em 04/12/2021 00:00 / atualizado em 04/12/2021 00:00
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Com a prisão de Wanderson Mota Protácio, 21 anos, os familiares das vítimas buscam por justiça. Foram dias de sofrimento até que o criminoso se entregasse na manhã deste sábado (4/12), para a polícia. Para o motorista de caminhão e morador de corumbá de Goiás Odair José Coelho, 43 anos, tio de Raniere Aranha, que estava grávida de 4 meses quando foi morta pelo então namorado, o desejo é de que o acusado pague pelo que fez e pelo sofrimento que causou em tantas pessoas.

Após ficar sabendo que o Wanderson se entregou, Odair e a família se sentiram aliviados. “Que a justiça de Deus seja feita. A gente pede muito isso, porque não vai trazê-las de volta, mas pelo menos pode amenizar um pouco a dor que estamos sentindo no momento com a prisão dele”, conta o tio. “Quem é a gente para condenar os outros, mas a prisão é pouco pelo que ele fez. Infelizmente a dor é grande, mas se Deus quiser, a gente vai conseguir vencer”, acrescenta Odair.

O sofrimento dos familiares é grande pela perda da jovem grávida e da filha dela, Geysa Aranha, de 2 anos e 9 meses, a facadas. Além das duas, Wanderson matou um fazendeiro, de 73 anos, com um tiro na cabeça, em Corumbá de Goiás. Desde o dia dos homicídios, o assassino era procurado pela polícia.

O tio pede orações e acredita que a fé em Deus vai ajudar a amenizar tamanha dor. “A gente tem pedido muita oração para confortar nossos corações, principalmente para quem tem menos estrutura, como é o caso do meu irmão (pai da Raniere)”, ressalta o motorista. Ele explica que o pai da jovem sofre com o alcoolismo e precisa de ajuda da família, além de temer uma piora após a perda da filha e da neta. “Meu irmão, que mora lá perto, estava desesperado, sem coragem de entrar na própria casa depois do que aconteceu”, comenta Odair.

Sem explicações

Buscando explicações sobre o que aconteceu no último domingo, Odair segue sem entender. “É muito difícil para nós todos, até para a população. Está todo mundo revoltado com o que aconteceu, porque a gente não espera isso. Vemos casos assim, mas não acreditamos que vá acontecer com a gente”, destaca o tio da jovem.

O motorista de caminhão conta que não chegou a conhecer o então namorado da sobrinha, devido ao pouco tempo que estavam juntos. “Tinha pouco tempo, acho que menos de seis meses que eles estavam morando juntos. Eu particularmente não tinha conhecimento dele e nem contato com ele”, relembra o tio. “Foi tudo muito rápido. É uma coisa que buscamos explicação, mas é difícil encontrar até pelo pouco tempo que ela estava com essa pessoa”, completa o morador de Corumbá.

Sobre Raniere, o tio destaca a inocência e a meiguice. “Ela não tinha problemas com ninguém, nunca teve. Era uma menina muito comunicativa com todos”, revela o parente. Nascida e criada em Corumbá de Goiás, Odair comenta que a cidade mais distante que a sobrinha chegou foi São João d’Aliança (GO). “Ela era muito dócil”, conclui o tio saudoso pela perda da sobrinha tão jovem.

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