Caso Naja

Naja, a superstar do Butantan: veja como está a cobra mais famosa do DF

Há pouco mais de um ano, Nadja, como foi batizada, vive em São Paulo, no Instituto Butantan. É um animal de comportamento agressivo e, segundo o diretor do museu da instituição, esse "é o temperamento dela"

Thays Martins
postado em 12/01/2022 10:58 / atualizado em 20/04/2023 13:43
 11/08/2020 Credito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Zoologico de Brasilia. Cobra Naja.
      Caption  -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB)
11/08/2020 Credito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Zoologico de Brasilia. Cobra Naja. Caption - (crédito: Marcelo Ferreira/CB)

Um ano após ganhar uma nova casa em São Paulo, a naja de Brasília é sensação no Instituto Butantan. Batizada de Nadja em votação popular, a serpente vive agora no Museu Biológico da instituição. Nas redes sociais, para quem tem saudade do réptil, o instituto compartilha alguns cliques da celebridade de Brasília, que é brava.

"Chegou muito brava. Ela estava encapetada. Ficou quase dois meses em quarentena, sempre agressiva. Eu que dava comida para ela e ela vinha para cima. Ela continua brava? Continua. Às vezes está calma. Tem hora que ela está um inferno, destrói tudo. O menino arruma o recinto todo bonitinho com plantas. À noite ela destrói tudo. É o temperamento dela. Ela dá susto na gente", contou, em um vídeo, o diretor do museu, Giuseppe Puorto.

Segundo ele,  aos poucos Nadja está se acalmando e, em breve, se a pandemia permitir, ela poderá ser visitada. A rotina da naja no Butantan inclui o recinto ser limpo toda semana e alimentação controlada. "Quando reabrirmos, temos certeza que uma das vedetes vai ser ela", afirmou.

O caso da naja foi manchete no Brasil todo. Em 2020, após um estudante ser picado pela cobra e ficar em coma, foi revelado todo um esquema de tráfico de animais em Brasília. Pedro Henrique Krambeck Lehmkuhl e mais três pessoas — a mãe, o padrasto e um amigo — foram indiciadas pelo crime.

Além da naja, foram encontradas mais 22 serpentes em posse de Pedro Henrique. A criação dessa espécie no Brasil é proibida por lei.

Após ser picado pela cobra, o estudante ficou cinco dias internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O animal foi abandonado perto de um shopping, no Lago Sul. Ao ser recuperado, ele ficou aos cuidados do Zoológico de Brasília e depois foi levado para o Instituto Butantan.

A naja ganhou fama nas redes sociais, gerou vários memes e ganhou até mesmo um ensaio fotográfico.

Os acusados seguem em liberdade. Desde o início do processo, já foram realizadas três audiências de instrução, uma em junho de 2020, outra em setembro de 2021, e a mais recente, em novembro.  O processo agora aguarda uma sentença. 

 

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