PREJUÍZOS

MPDFT investigará responsáveis por desabamento de prédio em Taguatinga Sul

Ministério Público informou que vai apurar responsabilidade sobre incidente, que afetou diversas famílias na última quinta-feira (6/1). Construído há mais de 20 anos, prédio não tinha carta de Habite-se

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai apurar a responsabilidade no caso do desabamento de um prédio da Área Especial 20 da QSE, em Taguatinga Sul. Ao menos 24 famílias sofreram prejuízos depois que o primeiro pavimento da edificação cedeu, na última quinta-feira (6/1). Apesar de não haver vítimas, os moradores perderam móveis, eletrodomésticos, documentos e outros bens pessoais.

Construído há mais de 20 anos, o prédio não tinha registro de pedido para emissão da carta de Habite-se. Por meio da 3ª Promotoria de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), o MPDFT orientou a todos os moradores de edifícios do Distrito Federal que verifiquem, junto a cartórios e à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), a situação dos imóveis. 

Insegurança

Após três dias de monitoramento do prédio de Taguatinga Sul, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros mantiveram a entrada interditada, na manhã desta segunda-feira (10/1). Contudo, uma nova avaliação, da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e do responsável técnico pela edificação, verificará a possibilidade de retirada dos pertences dos moradores na terça-feira (11/1).

"Nossos engenheiros planejam entrar na edificação amanhã (terça-feira) caso a avaliação conjunta favoreça", diz nota da Defesa Civil. O órgão informou que, nessas 72 horas de acompanhamento, a estrutura não se estabilizou; por isso, o monitoramento continuará durante toda esta semana.

Os moradores seguem na expectativa para recolher os pertences pessoais e recomeçar a vida. "O que estava lá dentro já era. Só quero meus documentos, cartões e remédios. E só consigo agradecer a Deus por estar viva. Por pouco, todo mundo não morreu", afirmou Teresinha de Maria, 60 anos, moradora do segundo andar.

Diabética e hipertensa, ela está sem os medicamentos necessários ao tratamento desde a data do incidente. "Foi tudo muito rápido. Não deu tempo de pegar nada. Eu estava trabalhando, e minha irmã saiu correndo, falando que ia desabar", relatou.