Saúde

Professor de música espera por cirurgia na fila do Hospital de Base

Internado há uma semana, músico espera por cirurgia urgente para poder trabalhar novamente.

Paulo Martins*
postado em 07/02/2022 22:24 / atualizado em 07/02/2022 22:27
Músico espera por cirurgia fundamental para seguir trabalhando. -  (crédito: Reprodução/Instagram)
Músico espera por cirurgia fundamental para seguir trabalhando. - (crédito: Reprodução/Instagram)


Após um acidente de moto, ocorrido em novembro de 2021, o professor de música Alberto Gambirasio Filho, 52 anos, está em uma interminável fila de espera para uma cirurgia no Hospital de Base. O incidente rompeu os ligamentos do ombro esquerdo de Alberto, que está internado há uma semana, para uma cirurgia de emergência.

Entrevistado pelo Correio Braziliense, o docente afirma que a fila é de 80 pessoas: “Meu médico disse que a minha espera seria de três semanas, mas, aqui há gente que está em uma espera de seis semanas”. O professor diz ainda que sente menos força em seu braço, e que pode perder os movimentos, caso não seja realizada a cirurgia. Desde a internação, o braço do músico “não para de doer”, como ele mesmo afirma.

Alberto tem uma carreira que já dura 40 anos: natural de Brasília, formou-se aos 12 anos no Instituto de Música do Distrito Federal, e hoje, tem um instituto de música próprio localizado na Asa Sul. Outros artistas aderiram à causa de Alberto, como a sambista Kika Ribeiro, que postou em suas redes sociais em apoio ao docente, que afirma ter uma amizade com a cantora.

A redação entrou em contato com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IGESDF), que informou que o paciente já realizou todos os exames necessários e foi avaliado por um cirurgião especialista em ombro no Hospital de Base (HB). A versão da entidade indica que Alberto se acidentou no dia 18/01.

Ainda em nota, o IGESDF justificou a fila: “Embora o hospital disponha de recursos humanos e insumos necessários para realização da cirurgia, é importante ressaltar que os procedimentos cirúrgicos são realizados de acordo com critérios de classificação, conforme o Complexo Regulador em Saúde do Distrito Federal – CRDF/SES, de modo que os mais graves são operados primeiro. Informamos ainda que o paciente está sendo devidamente assistido e acompanhado por equipes médicas e de enfermagem.”

O professor abriu, junto com amigos e familiares, uma vaquinha para realizar a cirurgia pela rede particular: “Fizemos uma apuração dos custos: são R$ 24 mil pela operação, e R$ 10 mil a R$ 12 mil pelo material para fazer a ancoragem”. No momento, a vaquinha alcançou 44% do total necessário, chegando a pouco mais de R$ 17 mil.

O link para a vaquinha está disponível no perfil do músico, nas redes sociais.
A ajuda também pode ser feita pelo Pix, na chave: albertogambirasio@gmail.com

*Estagiário sob a supervisão de Layrce de Lima.

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