Amigo de infância de uma das vítimas assassinadas e carbonizadas na noite desta quinta-feira (10/2), na Avenida Maranhão, na Quadra 161 do Setor Tradicional de Planaltina, João Victor Gonçalves, 20 anos, não se conforma com a perda do colega Izaque, 21.
Izaque havia sido aprovado recentemente na Universidade de Brasília (UnB) para o curso de engenharia química. "A única coisa que ele fazia na vida era estudar. Não saía de casa. Só focava nos estudos. Não consigo aceitar esse fim. Nunca foi de farrear, desabafou João.
O jovem foi uma das vítimas encontradas mortas com marcas de tiro e carbonizadas. Além dele, foram encontrados mortos o irmão, Lucas, a mãe, Lourdes, e o pai, o sargento Nilson Cosme Batista dos Santos, 48. A suspeita é de que o PM tenha baleado os familiares, ateado fogo na casa e, em seguida, tirado a própria vida.
Amiga de Lourdes, a autônoma Lucileide Maria Lucas, 33, contou que conversou com a vítima na terça-feira (8/2) e que ela relatou que havia testado positivo para a covid-19. Em um áudio enviado ao WhatsApp de Lucileide, Lourdes disse: "Lu, eu estou ruim. Aqui está todo mundo com covid. Não consigo fazer nada. Só estou deitada. O Nilson ainda vai fazer o teste."
Lucileide relata, ainda, que a família era tranquila e pouco saía para a rua. "Os meninos só sabiam estudar. Nunca vi ou ouvi uma discussão", contou.
O caso
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a dinâmica e a motivação do crime. As quatro vítimas apresentavam perfurações por arma de fogo. Vizinhos relataram terem ouvido o barulho dos tiros. A perícia chegou ao local por volta das 21h.
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