Itapoã

Morto ao salvar a mãe: Justiça mantém prisão de homem que baleou adolescente

Pedro Henrique Xavier dos Santos foi baleado com um tiro no olho ao entrar na frente de um revólver para tentar salvar a mãe. A mulher permanece internada em estado grave no hospital

A Justiça do Distrito Federal converteu a prisão flagrante em preventiva do homem acusado de assassinar um adolescente de 16 anos na QL 04 do Itapoã. Pedro Henrique Xavier dos Santos morreu ao tentar salvar a mãe, Luciene Xavier, 41.

O crime aconteceu durante um culto familiar na casa da vítima, na noite deste sábado (19/2). Testemunhas contaram à polícia que o autor, Geraldo Corrêa de Souza, chegou na residência e permaneceu ao lado da ex-mulher e, em seguida, sacou uma arma da cintura e atirou contra a vítima, que é pastora. Mesmo ferida, Luciene entrou em luta corporal com o agressor, momento em que o homem a levou para a área externa da casa e atirou novamente contra ela.

Reprodução/Redes Sociais - Família pede ajuda para custear o velório de Pedro Henrique Xavier dos Santos, 16 anos, morto ao tentar defender a mãe no Itapoã

Ao notar a movimentação, Pedro Henrique saiu de dentro da residência e, ao ver a mãe sendo agredida, tentou defendê-la, mas foi baleado no olho. O adolescente morreu no local e a mãe foi levada pelas testemunhas ao hospital.

Decisão


Em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (21/2), a juíza Verônica Capocio, do Núcleo de Audiência de Custória (NAC), manteve a prisão de Geraldo. A magistrada frisou que o crime foi cometido com elevada violência, puxões de cabelo, xingamentos, em meio a um culto religioso, na presença de várias pessoas.

“Do auto de prisão em flagrante resta comprovada a presença de indícios de autoria e a prova da materialidade dos crimes de tentativa de feminicídio e homicídio consumado. Vê-se ainda que o autuado possui várias passagens por crimes violentos, como roubos e atentado violento ao pudor”, destacou a juíza.

Durante o interrogatório, Geraldo contou que a ex não o deixava ver a filha, em razão de ter antecedente criminal por estupro. Ele confessou o crime e alegou que comprou a arma na Feira do Paranoá e, após balear mãe e filho, jogou o revólver nas margens da DF-250.