CB.Poder

Júlia Lucy abandona Novo e diz que entrará na Justiça contra a sigla

Ao CB.Poder – programa em parceria entre o Correio Braziliense e TV Brasília –, afirmou que entrará na Justiça contra a sigla e garante que escutará tratativas para reeleição na CLDF ou candidatura a Câmara dos Deputados

Pablo Giovanni*
postado em 07/03/2022 17:58 / atualizado em 07/03/2022 18:32
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A deputada distrital Júlia Lucy anunciou, na tarde desta segunda-feira (7/3), que irá se desfiliar hoje do Novo, após o partido inviabilizar a candidatura da parlamentar para as eleições de 2022. Em entrevista ao programa CB.Poder, do Correio Braziliense, em parceria com a TV Brasília, a parlamentar afirmou que tem conversas avançadas com algumas siglas e, dependendo do andamento do diálogo com a nova legenda, não descarta uma candidatura à Câmara dos Deputados.

Conduzida pela jornalista Jéssica Eufrásio, a parlamentar distrital detalhou, na entrevista, que recebeu, com grande surpresa, a decisão do diretório nacional do Novo a proibição de reeleição pela sigla nas eleições de 2022, e garantiu que entrará na Justiça para que a sigla comprove as alegações divulgadas em nota. O texto diz que a parlamentar infringiu o estatuto do partido.

“Não houve nenhuma conversa comigo. Isso é claramente um caso de violência política. Eu não sei se eu fosse um homem, isso teria acontecido comigo. Como você acusa uma pessoa e divulga uma nota sem essa pessoa ter se posicionado dentro da estrutura do partido? Os três pontos que foram elencados são mentirosos e falaciosos e o partido vai na justiça ter que provar o que ele argumentou contra mim”, disse. “A gente está entrando nessa semana (na Justiça)”, ressaltou a parlamentar, que pretende seguir carreira política.

Com convites a algumas siglas em andamento, principalmente após a abertura da janela partidária, a parlamentar, ao ser questionada sobre a possibilidade de reeleição ao cargo de deputada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), afirmou que dependerá das tratativas com a nova sigla.

“Gosto muito do papel de vereadora, atuei em todas as frentes aqui da Câmara Legislativa, seja na saúde, na educação, (atuei) muito forte no setor produtivo, na pauta da mulher, com destaque para o planejamento reprodutivo familiar, então eu gosto muito desse papel de fiscalização, que é uma grande marca do nosso mandato. A gente sempre se manteve independente em relação ao governo Ibaneis”, diz.

Ainda de acordo com a parlamentar, existem sondagens para que ela seja candidata a deputada federal. Ao escolher a nova legenda, Júlia pontuou que irá debater as opções ao lado de seus apoiadores para que seja tomada a melhor decisão para as eleições de 2022. “Assim como em 2018, me coloquei à disposição de uma política honesta, de trabalho e permaneço nesse propósito”, ressalta.

Gestão ruim

A deputada distrital Júlia Lucy (sem partido) classificou a gestão da pandemia do governo de Ibaneis Rocha (MDB) como bem ruim. Para ela, o Executivo local não colocou a saúde como prioridade. “Não tivemos o aumento do número de leitos fixos e a contratação de novos profissionais da rede (pública). Enfrentamos novos ciclos da covid-19 já previsíveis a partir da primeira onda, mas que não houve preparação para que a gente pudesse estar em condições de receber novos contaminados e novos doentes. As medidas de restrição, como o toque de recolher, impossibilidade de realização de eventos, fechamento de comércio. Tudo isso eu achei mal feito”, declarou.

Assista o CB.Poder com a deputada Júlia Lucy na íntegra

*Estagiário sob a supervisão de Ana Luisa Araujo

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