Águas Claras

"Corre risco de agravamento", diz hospital sobre síndico nocauteado por personal

Em boletim médico emitido na noite desta quinta-feira (17/3), os médicos do Hospital Santa Lúcia disseram que Wahby permanece internado na UTI e encontra-se clinicamente estável

Darcianne Diogo
postado em 17/03/2022 23:35 / atualizado em 17/03/2022 23:37
 (crédito: Material cedido ao Correio)
(crédito: Material cedido ao Correio)

Em boletim médico emitido às 22h30 desta quinta-feira (17/3), o coordenador da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia, Alberto Mendonça, e o diretor executivo, Sergio Murilo, afirmaram que o síndico Wahby Abdel Karim Khalil, 42 anos, corre risco de agravamento no quadro clínico. No fim da manhã, o jornalista foi nocauteado com um soco no rosto pelo personal de boxe Henrique Paulo Sampaio Campos no condomínio Luna Park, em Águas Claras.

Segundo o comunicado, Wahby permanece internado na UTI e encontra-se clinicamente estável, mas há riscos. “Segue consciente, respira espontaneamente, em seguimento clínico com a equipe da UTI”, informa o boletim. O síndico sofreu uma hemorragia cerebral e, de acordo com a equipe médica, ele foi avaliado pelos neurocirurgiões para as lesões cranianas identificadas. No momento, o tratamento é conservador.

Em áudio enviado ao WhatsApp do advogado Edson Alexandre, Wahby detalhou o estado de saúde. "Continuo internado, na UTI, em observação em relação à hemorragia no cérebro. Pode ser que eu receba alta amanhã, mas ainda não está certo. Estou aguardando o neurologista, que vai fazer a avaliação. No mais, estou sentindo dores na parte do rosto, a boca inchada e dificuldades na fala", disse

Câmeras do circuito interno de segurança da academia registraram a agressão e mostra o momento da discussão entre o síndico e o personal. A situação também é acompanhada por um terceiro homem, que presta serviço à academia. “O síndico simplesmente foi acionado para saber o motivo que o saco de pancadas estava causando incômodo. Quando ele chegou lá, viu que o objeto era grudado por meio de correntes ao teto e, com a movimentação, o barulho realmente é grande”, detalhou o advogado de Khalil. Em determinado momento, o jornalista é nocauteado no rosto por Henrique e cai ao chão, onde bate a cabeça com força. O homem que vê a agressão tenta intervir, mas acaba sendo supostamente ameaçado e sai do local.

Ao Correio, moradores do condomínio relataram que não é a primeira vez que o professor se envolve em confusões. “Ele já agrediu um outro rapaz, mas a vítima não chegou a registrar ocorrência na época”, disse um homem sob a condição de anonimato.

Nas redes sociais, Henrique se intitula como professor de boxe, musculação e natação. No Instagram, ele publica vídeos das aulas. O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Um boletim de ocorrência foi registrado na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) e, a princípio, é tratado como lesão corporal. O Correio entrou em contato com Henrique, mas até a última atualização dessa reportagem, não obteve retorno. A reportagem também esteve no prédio e interfonou no apartamento do professor, mas ele não estava em casa.

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